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Estado de Minas

Tempestade Eta deixa 3 mortos e destroços enquanto avança na América Central


04/11/2020 19:43

O ciclone Eta, que atingiu com força a região caribenha de Nicarágua e Honduras, deixou ao menos três mortos e foi responsável por deixar comunidades debaixo d'água por fortes chuvas e o transbordamento de rios à medida que avança, já degradado a tempestade tropical, pela América Central.

Em Bilwi, principal cidade do norte do Caribe nicaraguense, Eta destruiu grande parte do cais da cidade, que movimenta a atividade pesqueira e econômica da região e por onde passam diariamente os habitantes dos povoados da costa.

"O cais sofreu danos consideráveis", incluindo a parte de carga internacional, informou Virgilio Silva, diretor da estatal estatal de portos.

Eta se aproximava na tarde desta quarta-feira de Honduras, onde provocou cheias de rios, milhares de evacuações e destruição de pontes e rodovias, o que obrigou a decretação de alerta vermelho, anunciou o presidente Juan Orlando Hernández, após se reunir com organismos de resgate.

Em Bilwi, onde vivem mais de 40 mil indígenas miskitos, afrodescendentes e mestiços, as autoridades começaram a avaliar os danos e limpar os escombros da tempestade nesta quarta-feira, após dois dias de chuvas intensas.

Com sua passagem, o Eta deixou parcial ou totalmente muitas casas sem telhado, derrubou árvores e cabos de fornecimento de energia elétrica, segundo relatórios preliminares de Bilwi, onde o fenômeno chegou na última terça-feira como um furacão de categoria 4, com ventos de 240 km/h.

- "Wawa não existe mais" -

As autoridades tentavam chegar às comunidades costeiras mais afetadas, como Wawa, Karatá e Halouver, mas o mar agitado impediu a saída de embarcações e não há acesso por terra.

"A informação que temos é que a comunidade Wawa não existe mais, o mar entrou completamente na comunidade e Karatá também foi gravemente atingida, assim como Halouver", disse à AFP Kevin Gonzalez, voluntário do grupo de socorro da região.

A tempestade, que se moveu pela Nicarágua com ventos máximos de 95 km/h, também "está produzindo enchentes potencialmente fatais na América Central", alertou o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos (NHC).

Nesta quarta-feira, o Eta entrou nos municípios de Rosita, Siuna e Bonanza, uma área montanhosa dedicada à extração de ouro no norte do Caribe nicaraguense, com fortes rajadas de vento e chuva, e deve entrar em Honduras na quinta-feira, conforme previsões do NHC.

- Primeiras vítimas -

Na Nicarágua, o Eta deixou dois mortos, após a queda de uma mina artesanal em Bonanza em decorrência das chuvas.

E, em Honduras, uma menina morreu após uma casa desabar no norte do país, segundo autoridades.

Em Bilwi e nas comunidades vizinhas do Caribe, vivem cerca de 100.000 pessoas, indígenas em sua maioria, espalhadas por povoados afetados pelo furacão, como Tuapí, Krukira, Sandy Bay, Cabo Gracias a Dios, Prinzapolka, Wawabar, Karatá, Haulover, Wauhta, Kamwatla e Walpalsiksa.

Na comunidade costeira de Prinzapolka, os ventos do Eta levaram as folhas de zinco das casas de madeira, disse à AFP o professor Miskito Kevin Lacwood.

O governo evacuou durante a tempestade 20.000 pessoas.

- Desastre em Honduras -

Em Honduras, o Eta causou enchentes em rios, inundações, milhares de evacuados e destruição de pontes e estradas, em meio a previsões de mais desastres.

A Comissão de Contingência Permanente hondurenha (Copeco) informou que o Eta avançava a 13 km/h, e que antes de sua chegada cerca de 3.000 pessoas deveriam ser transferidas para abrigos.

Os deslizamentos destruíram nove estradas e ao menos cinco pontes, enquanto deslizamentos interromperam a passagem em dezenas de comunidades, incluindo a principal rodovia do país, que liga Tegucigalpa a San Pedro Sula, a 130 km ao norte da capital.

Na cidade de El Progreso, 180 km ao norte de Tegucigalpa, as autoridades evacuaram cerca de 700 presos da prisão após a inundação por um riacho, que foram transferidos para dois ginásios.

Na vizinha La Lima, centenas de famílias fugiram de suas casas e se instalaram em barracas e lonas de plástico no canteiro central da rodovia entre San Pedro Sula e El Progreso.


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