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Estado de Minas

Juíza anula ordem de prisão contra outro ex-ministro boliviano


01/11/2020 17:43

Uma juíza boliviana anunciou neste domingo (1) ter anulado uma ordem de prisão contra um ex-ministro do ex-presidente Evo Morales, asilado na residência do México em La Paz, no segundo caso similar registrado em uma semana.

O ex-ministro da Presidência (Casa Civil) Juan Ramón Quintana, braço direito do ex-presidente que governou por 14 anos até renunciar, em novembro de 2019, se beneficiou da sentença da juíza Claudia Castro, que ordenou a anulação de uma ordem de captura.

Segundo o site do jornal El Deber, Castro alegou erros de procedimento nos trâmites da detenção.

"A resolução de apreensão traz a data de 25 de novembro de 2019. Mas o auto de admissão iniciou em 27 de novembro. Por que a Procuradoria emite uma data posterior à resolução referida e ao início dos atos investigativos?", destacou a juíza.

Martín Irusta, advogado de Quintana, afirmou que foi cometida "ilegalidade de apreensão" e destacou que a decisão da juíza ocorreu em uma audiência pela internet na noite de sábado.

O processo continua, apresentado perante a justiça pelo governo transitório da direitista Jeanine Áñez, que acusou as antigas autoridades do país de vários delitos.

Esta é a segunda decisão de um magistrado a beneficiar um ex-ministro de Evo Morales nos últimos dias. Há uma semana, outra autoridade judicial decidiu a favor do ex-ministro da Justiça Héctor Arce, também asilado na residência diplomática desde novembro do ano passado, após a queda do ex-presidente, em meio a uma forte convulsão social.

Também há uma semana, outro juiz anulou uma ordem de detenção contra o ex-presidente Morales, refugiado na Argentina, sob o argumento de que seus direitos à devida defesa foram desrespeitados.

A residência mexicana abriga um total de cinco ex-ministros e outros dois ex-funcionários do governo de Morales, que não puderam obter um salvo-conduto que lhes permitisse sair da Bolívia após a renúncia do ex-presidente.

Eles foram denunciados por supostos delitos de fraude eleitoral, insurreição e terrorismo.

Seus opositores disseram que a justiça está alterando a balança desde que Luis Arce, afilhado político de Morales, venceu as eleições de forma contundente em 18 de outubro.


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