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Estado de Minas

OEA aprova resolução para pedir reforma eleitoral e missão de observação na Nicarágua


21/10/2020 19:55

A Assembleia Geral da Organização dos Estados Americanos (OEA) aprovou nesta quarta-feira (21) uma resolução para solicitar uma reforma eleitoral e o envio de uma missão de observação às eleições marcadas para 2021 na Nicarágua, um texto que Manágua rejeitou, afirmando que não tem efeitos vinculantes.

O texto, que pede uma reestruturação do Conselho Supremo Eleitoral para garantir que funcione de forma independente, transparente e responsável, foi aprovado por 20 países, com dois votos contra e 12 abstenções.

A Nicarágua planeja realizar eleições em novembro de 2021, eleições nas quais o presidente Daniel Ortega, no governo desde 2007, provavelmente buscará um novo mandato.

Essas serão as primeiras eleições desde a onda de protestos que abalou o país em 2018, movimento que começou com manifestações contra uma reforma da previdência e que levou a uma mobilização mais ampla de rejeição ao governo e cuja repressão deixou pelo menos 328 mortos.

A resolução que precisava do apoio de 18 países para ser aprovada recebeu os votos de Bahamas, Bolívia, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, El Salvador, Estados Unidos, Guiana, Haiti, Jamaica, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana, Santa Lúcia, Uruguai e Venezuela (que neste fórum é representado por um delegado do Parlamento e não do governo de Nicolás Maduro).

Além disso, o texto apela ao envio de uma missão eleitoral que inclua observadores independentes.

A Nicarágua, juntamente com São Vicente e Granadinas, votaram contra e 12 países se abstiveram, incluindo Argentina, México e Honduras.

Durante o debate virtual, o representante de Manágua, Luis Alvarado, reiterou as declarações do chanceler Denis Moncada sobre a resolução, qualificando-a de "ingerência".

O diplomata nicaraguense disse que seu país "não é colônia de ninguém" e afirmou que o texto "não tem efeito vinculante".

O texto foi apresentado por Canadá, Chile, Colômbia, Paraguai, Estados Unidos e Venezuela, e o Brasil pediu para ingressar na lista de signatários após aprovação.


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