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Estado de Minas

Quatro anos de declarações chocantes de Trump sobre líderes estrangeiros


21/10/2020 11:49

Com tuítes e declarações chocantes, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que busca a reeleição em 3 de novembro, rompeu os códigos das relações internacionais, com um gosto marcado pela provocação e uma tendência desconcertante de destacar sua amizade com os adversários dos Estados Unidos e sua rivalidade com os aliados.

A seguir, algumas das declarações mais memoráveis de Trump.

- Elogios para Putin -

Trump surpreendeu a classe política nos Estados Unidos, em várias ocasiões, com suas palavras calorosas dedicadas ao presidente russo, Vladimir Putin, a quem descreveu durante sua campanha de 2016 como alguém "muito respeitado" em todo mundo.

Em seu primeiro encontro oficial, em 2018, em Helsinque, Trump pareceu estar a favor de Putin e contra a opinião da comunidade de Inteligência dos Estados Unidos a respeito das revelações de que a Rússia interferiu na eleição presidencial de 2016 para favorecer o magnata republicano.

"Ele disse que não foi a Rússia", disse em uma coletiva de imprensa. "Eu posso dizer que hoje o presidente Putin foi extremamente enérgico e potente em sua negação".

- "Quanto mais difícil, (...) melhor" -

Trump demonstrou afinidade com governantes de carisma autoritário e enfrentou líderes das democracias liberais.

Em uma entrevista ao repórter investigativo Bob Woodward para seu livro "Rage" (Raiva), Trump indicou proximidade com o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, apesar de ter dito que todos o alertaram que era um "cara horrível".

"É curioso como as relações funcionam: quanto mais difíceis e ruins eles são, melhor eu me dou com eles", disse o presidente.

Na mesma entrevista, Trump se referiu ao príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohamed bin Salman. "Salvei a pele dele", depois que o reino ficou na mira pelo assassinato do jornalista crítico Jamal Khashoggi.

Em uma reunião com o general e agora presidente do Egito, Abdel Fatah al-Sissi, Trump gerou indignação ao recebê-lo com a saudação "Cadê meu ditador preferido?", segundo o jornal "The Wall Street Journal".

- "Nos apaixonamos" por Kim -

As declarações de Trump sobre o líder norte-coreano, Kim Jong-un, considerado um dos ditadores mais brutais pelas violações aos direitos humanos de seu governo, também geraram tensão.

Em 2017, ele ameaçou no Twitter lançar "fogo e fúria" contra a Coreia do Norte e zombou de seu líder, chamando-o de "o pequeno homem-foguete".

Depois de um encontro histórico em 2018 transmitido pela televisão, Trump mudou o tom, porém, e passou a elogiar Kim.

"Nos apaixonamos. Ok? Não, de verdade - ele me mandou cartas maravilhosas", disse Trump em um comício.

- Relações frias com Xi -

Os comentários de Trump foram em outra direção com o presidente chinês, Xi Jinping, a quem teve o cuidado de não criticar.

Depois que a covid-19 foi detectada pela primeira vez na China, Trump tuitou que Xi era "forte, direto e tem uma poderosa abordagem" e projetou uma "operação de muito sucesso" para conter a doença.

À medida que as mortes por coronavírus nos Estados Unidos foram aumentando e se tornaram um assunto central da campanha eleitoral, Tump acusou a China, em maio, de propagar "morte e dor".

"Tudo vem de cima", disse no Twitter. "Eles poderiam ter contido a praga, mas não fizeram isso".

- Ataque aos aliados -

Alguns dos ataques mais fortes de Trump têm como alvo seus aliados, e não seus adversários.

Trump criticou várias vezes a chanceler alemã, Angela Merkel, por receber os refugiados e, em 2018, disse no Twitter, equivocadamente, que o crime havia aumentado e que os alemães estavam se voltando "contra sua liderança".

Depois de uma cúpula no Canadá, Trump tuitou que o primeiro-ministro Justin Trudeau era "muito desonesto e fraco" em relação a uma negociação comercial.

Trump também criticou publicamente o presidente francês, Emmanuel Macron, e a ex-primeira-ministra britânica Theresa May, depois que eles se distanciaram de sua retórica nacionalista.

Alguns dos comentários mais rudes foram direcionados ao prefeito de Londres, Sadiq Khan, que é muçulmano e foi chamado pelo presidente dos Estados Unidos de "um perdedor total".


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