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Estado de Minas

Mesa e Arce encerram polarizada campanha eleitoral na Bolívia


14/10/2020 13:55

O candidato presidencial de esquerda Luis Arce finalizou, nesta quarta-feira (14), seus compromissos de campanha para as eleições deste domingo (18) na Bolívia, um dia depois que seu rival centrista, Carlos Mesa, chamou a população para "derrotar definitivamente" o projeto socialista de Evo Morales.

O ex-presidente Mesa e Arce, afilhado político de Morales, são os únicos dos seis candidatos em disputa com chances de vitória segundo as pesquisas, embora seja possível que a briga seja definida em um segundo turno, no dia 29 de novembro.

Mesa, que governou em 2003-2005, encerrou sua campanha na terça-feira à noite na cidade de Santa Cruz, a mais importante da região mais rica da Bolívia, onde convocou seus compatriotas a votarem nele para impedir que o Movimento ao Socialismo (MAS) de Morales e Arce volte ao poder.

"Que fique claro para que ninguém estenda errado, porque somos os únicos que podemos derrotar definitivamente Morales e Arce, porque Arce nada mais é do que Morales, e Morales 'never in the life' (nunca mais na vida)", declarou Mesa, em um comício colorido e turbulento, diante dos seguidores de seu partido, a Comunidade Cidadã.

"Primeiro (somos) um projeto de futuro, o único projeto de futuro viável é a Comunidade Cidadã, um projeto, um programa com sentido de Estado, que é o que a Bolívia precisa hoje mais do que nunca", acrescentou o ex-presidente de 67 anos, vestido com camisa laranja e boné, nas cores de sua formação política.

O evento ao ar livre contou com a presença de centenas de pessoas usando máscaras como medida de biossegurança em meio à pandemia do coronavírus.

Mesa decidiu encerrar sua campanha em Santa Cruz em vez de La Paz, em uma aparente tentativa de conquistar votos do direitista Luis Fernando Camacho, líder de um comitê cívico local que ganhou notoriedade há um ano nos protestos que levaram à renúncia de Morales depois de 14 anos no poder.

Camacho, um advogado de 41 anos que aparece em terceiro lugar nas pesquisas, encerrará sua campanha nesta quarta-feira à tarde com uma "grande caravana" pelas ruas de Santa Cruz, quase ao mesmo tempo em que Arce fará seu comício de encerramento em El Alto, uma cidade vizinha a La Paz e um tradicional bastião eleitoral de Morales.

Arce, de 57 anos, ergue a bandeira da bonança econômica do governo Morales (2006-2019) quando foi ministro da Fazenda, e atribui essa conquista à nacionalização dos hidrocarbonetos em 2006.

A campanha eleitoral boliviana foi marcada pela polarização entre os partidários e os detratores do ex-presidente indígena, um fiel amigo de Cuba e da Venezuela, que desde que se exilou na Argentina afirma que Arce simboliza "uma garantia de estabilidade, crescimento econômico e redistribuição de riquezas".

As eleições também renovarão todo o Congresso boliviano, agora controlado pelo MAS.


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