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Estado de Minas

Trump testa positivo para covid-19 a um mês da eleição presidencial


02/10/2020 09:55

Donald Trump anunciou nesta sexta-feira (2) que testou positivo para o novo coronavírus, uma notícia que agita o panorama político americano a um mês da eleição presidencial nos Estados Unidos, mas seu médico particular afirmou que ele está "bem" e que continuará trabalhando durante a quarentena.

O presidente, de 74 anos, comunicou em uma mensagem no Twitter que ele e sua esposa, Melania, de 50, estão infectados.

"Esta noite, a primeira-dama e eu testamos positivo para covid-19. Nós vamos começar imediatamente nosso processo de quarentena e de recuperação. Nós vamos superar isto JUNTOS!", escreveu o presidente no Twitter.

O médico do presidente, Sean Conley, afirmou que Trump e a primeira-dama "estão bem".

"Espero que o presidente continue cumprindo suas funções sem interrupção", afirmou.

A notícia representa um balde de água fria para os republicanos, que foram obrigados a suspender o comício de Trump na Flórida programado para esta sexta-feira. De acordo com as sondagens mais recentes, o presidente está atrás do rival democrata Joe Biden nas pesquisas de intenção de voto.

Uma das questões que mais afetam o presidente nas pesquisas é a gestão do coronavírus, considerada péssima por seus adversários e por boa parte da comunidade científica. E uma das evidências mais flagrantes é o fato de o país registrar mais de 207.000 mortes pela doença, o que significa 20% dos óbitos por coronavírus no planeta.

O vice-presidente Mike Pence testou negativo nesta sexta-feira em um exame de covid-19, anunciou a Casa Branca.

"O vice-presidente Pence e sua esposa testaram negativo para a covid-19. O vice-presidente Pence continua em bom estado de saúde e deseja o melhor aos Trump em sua recuperação", anunciou seu porta-voz, Devin O'Malley, no Twitter.

- "Fim da pandemia à vista" -

Trump minimizou a doença com frequência, resistiu a usar máscara e convocou diversos comícios lotados, onde muitos de seus simpatizantes também ignoraram as medidas de proteção contra o vírus.

Na quinta-feira (1o), durante um discurso em um evento beneficente em Nova York, Trump afirmou que "o fim da pandemia estava próximo, e o próximo ano será um dos maiores na história dos Estados Unidos".

O presidente também é criticado pela falta de empatia e compaixão a respeito das vítimas e por ter atitudes irresponsáveis que poderiam aumentar a confusão em um mundo com receio e em choque diante da magnitude da pandemia. Um dos exemplos notórios foi quando disse que talvez uma injeção de desinfetante pudesse ser eficaz contra o vírus.

Horas antes de confirmar o resultado positivo, Trump anunciou em uma entrevista ao canal Fox News que Hope Hicks, uma de suas conselheiras mais próximas, havia sido diagnosticada com o coronavírus e que ele e a primeira-dama foram submetidos a exames.

Hicks estava a bordo do Air Force One com o presidente quando ele viajou para Cleveland, Ohio, na terça-feira, para participar do debate contra Joe Biden. Também viajou na quarta-feira com Trump a Minnesota para um comício de campanha.

O secretário de Estado americano, Mike Pompeo, que está na Croácia, última escala de uma viagem pela Europa, afirmou que testou negativo para o novo coronavírus.

- Mensagens de apoio -

Trump se une à lista de governantes que contraíram o vírus, que inclui o presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, e o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson.

Este último foi um dos primeiros a reagir e enviou uma mensagem de apoio a Trump e a sua esposa, com desejo de pronta recuperação.

O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, também desejou ao chefe de Estado uma "pronta recuperação" e lembrou que o coronavírus "é uma batalha de todos. Todos os dias. Não importa em que lugar do mundo você more".

Especialmente calorosa foi a mensagem do presidente russo, Vladimir Putin.

"Estou convencido de que sua vitalidade natural, sua força de espírito e seu otimismo o ajudarão a vencer este vírus perigoso", afirmou o presidente russo em um telegrama enviado ao colega americano.

Em Berlim, a chanceler Angela Merkel também enviou os melhores "desejos de recuperação" a Trump e à primeira-dama, afirmando acreditar em um "rápido restabelecimento".

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, também desejou uma "pronta e completa recuperação" ao presidente americano e sua esposa, Melania.

"Meus melhores desejos ao presidente @realDonaldTrump e @FLOTUS (conta da primeira-dama dos Estados Unidos) para uma pronta e completa recuperação", tuitou Tedros, cuja organização foi acusada pelo presidente americano de incompetência na gestão da pandemia e de ter demorado a alertar o mundo sobre os perigos que a doença representava.

- Mais restrições na Europa -

A doença provocou mais de 34 milhões de casos no mundo e mais de um milhão de mortes, de acordo com um balanço da AFP com base em dados oficiais dos países.

Na Europa, que registra mais de 233.000 mortes e 5,5 milhões de contágios, o aumento de novos casos obriga países como França e Espanha a aumentarem as restrições.

Com 31.800 mortes desde o início da pandemia, a Espanha é o país da União Europeia com a pior incidência do vírus, 284 casos para cada 100.000 habitantes, um número que sobe para 735 em Madri.

Na capital espanhola, um decreto que ordena o confinamento do perímetro de Madri e de nove localidades vizinhas entrará em vigor antes da meia-noite desta sexta-feira, para impedir a propagação do vírus.

A medida afetará mais de 4,5 milhões de pessoas, que serão autorizadas a sair de seus bairros apenas para trabalhar, procurar atendimento médico, ou levar as crianças ao colégio.

Na França, onde o número de mortos superou 32.000 na quinta-feira (1o), as autoridades anunciaram que Paris está a ponto de passar para o nível de "alerta máximo" a partir de segunda-feira.


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