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Estado de Minas

Carnaval no Rio também não terá blocos de rua


25/09/2020 18:13

Quem ainda esperava escapar da crise do coronavírus no próximo carnaval carioca teve outra má notícia nesta sexta-feira (25), com o anúncio de que os blocos de rua também não acontecerão, após a decisão de adiar de forma indefinida os desfiles oficiais.

O carnaval carioca não é muito compatível com medidas de distanciamento social, seja nos desfiles das escolas de samba que competem em criatividade diante de dezenas de milhares de espectadores no Sambódromo, ou nos blocos de rua que caminham no ritmo de tambores, regados por muita cerveja, nas ruas da cidade.

Mas a covid-19 arruinou todos esses rituais, adiando-os somente para o outro carnaval. Na quinta-feira, as escolas de samba informaram a necessidade de adiar sem previsão o esperado evento. E nesta sexta-feira, a associação de blocos Sebastiana chegou à mesma conclusão.

"A Liga das Escolas de Samba tomou uma decisão super acertada diante do momento que a gente está vivendo", afirmou Rita Fernandes, presidente da associação.

"A Sebastiana já definiu que sem vacina e principalmente sem segurança de saúde para a população, a gente não vai fazer carnaval de jeito nenhum", explicou à Rede Globo.

O Carnaval do Rio atrai milhões de turistas brasileiros e estrangeiros todos os anos. Porém, a pandemia atrapalhou os planos para a festa, forçando-a a ser adiada pela primeira vez desde 1912.

"Um ano sem carnaval não vai matar ninguém", disse à AFP Carla Mauro, uma arquiteta de 52 anos. "Sou carnavalesca e participo do carnaval, saio nos blocos. Mas neste momento temos que dar prioridade à proteção, principalmente das pessoas idosas e em situação de risco. Por isso, sou a favor do adiamento do carnaval", completou.

- Esqueça 2020 -

A Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa), que organiza os desfiles, justificou sua decisão ao afirmar que "as escolas já não vão ter tempo nem condições financeiras e de organização de viabilizar até fevereiro".

As 14 escolas de samba do grupo especial, que preparam seus desfiles ao longo do ano, já haviam dito em julho que seria difícil organizar o evento para fevereiro de 2021. Essas preparações geram mais de 5 mil empregos diretos, entre carpinteiros, costureiras, decoradoras e outros.

O Rio de Janeiro também não terá sua famosa festa de fim de ano com fogos de artifício em frente à praia de Copacabana. A prefeitura planeja realizar shows em vários pontos da cidade no dia 31 de dezembro, mas para serem vistos pelo YouTube e provavelmente em canais abertos.

O Brasil, que registra quase 140 mil mortes e 4,7 milhões de casos, tornou-se o segundo com mais mortes no mundo, atrás somente dos Estados Unidos, e o terceiro em número de casos, atrás dos Estados Unidos e da Índia.

Nas últimas semanas, a curva de infectados apresentou uma queda, mas ainda com números elevados, com média de 30 mil casos e 735 óbitos por dia nos últimos 14 dias, segundo dados do Ministério da Saúde.

O Rio, com 10.730 mortes, é a segunda cidade com o maior número de mortes no país, atrás de São Paulo, a capital econômica. Já o estado do Rio, com 18 mil mortes, se fosse um país teria a segunda maior taxa de mortalidade por covid-19 do mundo, com 104,5 óbitos por 100 mil habitantes.


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