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Estado de Minas

Chefe das Farc diz que chegou a 'odiar' antiga guerrilha por atrocidades


15/09/2020 18:25

Rodrigo Londoño, ou Timochenko, chefe da antiga guerrilha marxista das Farc, que assinou um acordo de paz na Colômbia, disse nesta terça-feira que chegou a "odiar" sua organização pelas atrocidades cometidas em cinco décadas de conflito.

Londoño reiterou a mensagem de perdão que o agora partido político Farc divulgou ontem, e admitiu que a ex-guerrilha sequestrou, recrutou menores e obrigou mulheres a abortar.

No processo de ouvir as vítimas e reconhecer a verdade sobre o ocorrido ante um tribunal de paz, "vão sendo configuradas umas Farc que venho a odiar, porque não têm nada a ver com as Farc em que entrei", disse à Rádio Caracol o comandante máximo da antiga guerrilha.

"Estamos fazendo uma reflexão. Você vai interiorizando isso, porque é difícil quando você defendeu algo por tantos anos, acreditando nisso", comentou o dirigente.

A ex-guerrilha responde por sequestro, recrutamento de menores e outros crimes ante o tribunal, criado a partir dos acordos de paz de 2016.

Em sua declaração, Timochenko disse se sentir "impactado pela generosidade das vítimas ", e que o depoimento de Ingrid Betancourt, sequestrada pelas Farc, "influenciou para que a mensagem fosse muito mais do coração que da reflexão".


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