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Estado de Minas

EUA ficam isolados na ONU durante votação sobre Covid-19


11/09/2020 21:37

Os Estados Unidos receberam apenas o apoio de Israel nesta sexta-feira, ao rejeitarem, durante votação na Assembleia Geral da ONU, uma resolução de "ação integral e coordenada" contra a pandemia que destaca o "papel fundamental" da OMS.

Negociado desde maio, o texto foi aprovado por uma maioria de 169 países dos 193 que integram as Nações Unidas. Ucrânia e Hungria se abstiveram.

A resolução, que compreende cerca de 60 artigos e de nome "ómnibus", porque abrange múltiplos aspectos da pandemia, "reconhece o papel crucial da OMS e do sistema da ONU na mobilização e coordenação da ação global contra a pandemia".

Os Estados Unidos se retiraram da OMS durante a primavera local, acusando a mesma de ter administrado mal a pandemia e atrasado o lançamento do alerta global. Washington explicou na Assembleia Geral que não poderia apoiar uma resolução que não cita os defensores dos direitos humanos e que destaca o papel da OMS.

O texto "exige que se fortaleça a cooperação e solidariedade internacionais para conter, mitigar e superar a pandemia e suas consequências". Respalda, ainda, o chamado feito em março pelo secretário-geral da ONU por um cessar-fogo em países em conflito para facilitar a luta contra a doença, que teve um efeito escasso.

O documento também pede "a eliminação urgente de obstáculos injustificados", ou seja, sanções, para o acesso a produtos necessários durante a pandemia. A resolução solicita aos Estados-membros que "fortaleçam de forma sustentável seu sistema de saúde e ofereçam a todos os países acesso rápido e gratuito" aos tratamentos e vacinas.

O texto pede, ainda, a manutenção das redes de abastecimento alimentar e agrícola e fomenta a coordenação de estratégias de recuperação econômica que promovam o desenvolvimento sustentável e a luta contra o aquecimento global.

Antes da votação, os Estados Unidos tentaram introduzir uma emenda para eliminar um parágrafo que apoiava a proteção às mulheres na área da saúde sexual e reprodutiva. Juntamente com os americanos, que explicaram que estavam contra o aborto, Líbia e Iraque também votaram pelo corte deste parágrafo. Mais de 120 países votaram para mantê-lo e outros 25 se abstiveram.


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