O Ministério russo das Relações Exteriores denunciou, nesta sexta-feira (11), "acusações gratuitas" dos Estados Unidos, após o anúncio de Washington de sanções contra um ucraniano, considerado um "agente da Rússia", e contra três russos.
Os quatro são acusados de interferência na campanha eleitoral norte-americana.
"A cadeia de fabricação de sanções acaba de lançar um novo produto, sob o pretexto de uma suposta ingerência no processo eleitoral", afirmou a porta-voz da diplomacia russa, Maria Zakharova.
A porta-voz acusou Washington de querer "agravar ainda mais" as tensões com a Rússia e afirmou, mais uma vez, que seu país "nunca interferiu, não interfere, nem tem a intenção de influenciar processos eleitorais nos Estados Unidos, ou em outros países".
Na quinta-feira (10), o Departamento do Tesouro americano anunciou sanções contra o político ucraniano Andrii Derkach por tentar interferir na eleição presidencial de 3 de novembro. Em maio, ele divulgou gravações manipuladas, com o objetivo de ligar o candidato democrata à Presidência dos EUA, Joe Biden, a atos de corrupção.
Três russos também sofreram sanções por serem funcionários da Agência de Pesquisa de Internet (IRA, sigla em inglês), organização russa ligada ao Kremlin e considerada uma das principais agências que ajudaram a manipular as redes sociais nos Estados Unidos.
A IRA já havia sido colocada na lista negativa dos Estados Unidos por tentar interferir nas eleições de meio de mandato ("midterms") de 2018.