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Estado de Minas INTERNACIONAL

Justiça saudita condena oito à prisão por morte de jornalista em consulado

Segundo a CIA (agência de inteligência americana), o crime foi ordenado pelo príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed Bin Salman, na tentativa de calar o jornalista, crítico do regime


07/09/2020 14:13 - atualizado 07/09/2020 16:38

O colunista do jornal americano Washington Post foi morto no consulado saudita em Istambu(foto: Mohammed al-Shaikh/AFP)
O colunista do jornal americano Washington Post foi morto no consulado saudita em Istambu (foto: Mohammed al-Shaikh/AFP)


Um tribunal saudita condenou nesta segunda a penas de sete a 20 anos de prisão oito acusados pelo assassinato do jornalista Jamal Khashoggi em 2018. Além disso, cinco condenações à morte anteriores foram anuladas, informaram meios de comunicação estatais.

"Cinco dos acusados foram condenados a 20 anos de prisão e outros três, a penas de sete a dez anos", informou a agência oficial de imprensa saudita, citando a procuradoria.

Em maio, os filhos de Khashoggi disseram que tinham "perdoado" os assassinos. Na Arábia Saudita, onde não há um sistema legal codificado e se segue a lei islâmica, o perdão da família de uma vítima pode significar o alívio da pena.

O colunista do jornal americano Washington Post foi morto no consulado saudita em Istambul, na Turquia, em outubro de 2018. Segundo a CIA (agência de inteligência americana), o crime foi ordenado pelo príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed Bin Salman, na tentativa de calar o jornalista, crítico do regime.

Khashoggi havia ido ao consulado saudita buscar documentos para o casamento com sua noiva, a turca Hatice Cengiz, mas nunca mais saiu de lá. Após a morte, o corpo do jornalista -que nunca foi encontrado- teria sido desmembrado com uma serra, de acordo com fontes ouvidas pela rede americana CNN e pela imprensa turca.

Ainda que a CIA e governos ocidentais tenham atribuído a responsabilidade do crime ao príncipe herdeiro da Arábia Saudita, autoridades do país negam a acusação, embora o próprio Bin Salman tenha indicado, em setembro do ano passado, algum envolvimento pessoal, dizendo que o crime "aconteceu sob sua autoridade". (Com agências internacionais)


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