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Estado de Minas

Polícia britânica busca homem que esfaqueou várias pessoas em Birmingham


06/09/2020 14:19

Os detetives e agentes da segunda maior cidade britânica lançaram, neste domingo (6), buscas por um homem que matou outro e feriu gravemente duas pessoas, em uma série de esfaqueamentos aleatórios perpetrados ao longo de várias horas.

Cinco outras pessoas ficaram levemente feridas no incidente que ocorreu em quatro locais no movimentado centro da cidade de Birmingham, entre 00h30 e 02h20 (20h30 e 22h20 de sábado no horário de Brasília).

Steve Graham, um dos investigadores responsáveis, informou em entrevista coletiva que a polícia "procura um suspeito" e as investigações para identificá-lo "continuam".

De acordo com os primeiros elementos da investigação, aberta por homicídio, não há indícios, neste momento, que apontem para um ato de terrorismo ou crime de ódio. A polícia privilegia a hipótese de um conflito entre gangues, explicou Graham.

No entanto, nenhuma das vítimas tinha qualquer relação com gangues e as pessoas atacadas parecem ter sido vítimas "ao acaso", afirmou o responsável, ressaltando o carácter particularmente "traumatizante" desta série de agressões.

Duas vítimas foram gravemente feridas e cinco outras sofreram ferimentos leves, segundo Graham.

No local, próximo ao Arcadian Center, um complexo de bares, restaurantes e boates, a segurança continuava reforçada neste domingo à tarde.

O primeiro-ministro Boris Johnson dedicou "todos os seus pensamentos" às vítimas deste "terrível" evento e seus "agradecimentos aos serviços de socorro".

"Estou chocado", declarou à AFP Wayne Hopkins, um morador local de 67 anos. "Normalmente, quando há uma agressão com arma branca, envolve uma ou duas pessoas, mas não tantas", apontou.

Ele acrescentou que talvez tenha havido um "soco" e que as coisas se degeneraram, "e se estavam drogados, não sabem mais o que estão fazendo".

- "Muita tensão" -

Cara Curran, que trabalha no Arcadian Center, disse que houve "muita tensão" à noite. "Não eram brigas normais de uma ou duas pessoas. Eram grupos de 15, 16 pessoas, e pessoas que se misturavam nas lutas, porque saíam das boates para ver o que estava acontecendo", relatou.

A jovem de 18 anos também afirmou ter ouvido "insultos raciais", apesar de ser um local de atendimento "multicultural".

Algumas testemunhas afirmaram no Twitter ter ouvido tiros, mas a polícia esclareceu na rede social que não havia informações sobre isso "no momento".

A polícia pediu à população que se mantivesse "calma, mas vigilante" e fez um apelo por testemunhas.

Birmingham, de um milhão de habitantes, é uma das cidades mais cosmopolitas do Reino Unido. Há alguns anos, foi marcada por uma explosão de violência entre gangues.

Em janeiro de 2003, um desses grupos abriu fogo contra um grupo rival. Dois adolescentes morreram.

Em 20 de junho, três homens foram mortos a facadas em um parque em Reading, cidade a oeste de Londres. A investigação está nas mãos da polícia antiterrorista.

O suspeito Khairi Saadallah, um refugiado líbio de 25 anos, foi acusado de três assassinatos e três tentativas de assassinato. Segundo sua família, ele sofria de problemas mentais devido à guerra civil na Líbia.

Saadallah havia sido libertado da prisão no início de junho, depois de permanecer preso por vários meses por crimes não relacionados ao "terrorismo", incluindo um assalto.

O ataque não foi reivindicado.

Seis dias depois, um homem esfaqueou e feriu seis pessoas em um hotel que abrigava refugiados em Glasgow, Escócia, mas foi descartado que se tratasse de "terrorismo".

Inalterado desde novembro de 2019, o nível de ameaça "terrorista" do Reino Unido está no terceiro grau de uma escala de cinco, considerado "significativo".


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