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Estado de Minas

OMS não espera vacinação generalizada contra Covid-19 antes de meados de 2021


04/09/2020 20:49

A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou nesta sexta-feira (4) que não espera uma vacinação generalizada contra a covid-19 antes de meados de 2021, no momento em que pesquisadores russos publicaram resultados animadores sobre sua vacina candidata.

Vários governos esperam contar o quanto antes com vacinas contra o novo coronavírus, que no mundo todo foi contraído por mais de 26 milhões de pessoas e matou cerca de 870.000, gerando uma crise econômica global.

A OMS considerou encorajador o fato de várias vacinas estarem na fase três dos testes clínicos, o que envolve testes em dezenas de milhares de pessoas, mas alertou que ainda falta um longo caminho a percorrer.

"Um número considerável de candidatas entrou na fase três de testes. Conhecemos ao menos de seis a nove que já percorreram um bom trecho em termos de pesquisa", declarou uma porta-voz da OMS, Margaret Harris, em um encontro com a imprensa em Genebra.

"Mas, em termos de calendário realista, não esperamos ver uma vacinação generalizada antes de meados do próximo ano", completou.

O diretor da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, declarou que a entidade "não dará o aval" a nenhuma vacina sem antes confirmar sua segurança e eficácia.

A revista científica The Lancet publicou nesta sexta-feira um estudo preliminar sobre a vacina russa que mostrou que ela permite o desenvolvimento de uma resposta imunitária sem efeitos negativos graves.

De acordo com The Lancet, a vacina, batizada de Sputnik V e anunciada com euforia por Moscou, foi aplicada em 76 voluntários e gerou "anticorpos neutralizantes" da covid-19. A revista, porém, enfatizou a necessidade de testes "em grande escala".

Este será o objetivo do teste clínico da fase três, que incluirá 40.000 participantes, explicou.

Nos Estados Unidos, o país do mundo mais atingido pela pandemia, com mais de 6 milhões de casos e 186.000 óbitos, o governo do presidente Donald Trump urgiu os estados a estarem "completamente operacionais" para uma possível vacina antes de 1º de novembro, dois dias antes das eleições presidenciais.

Em final de agosto, Trump, que busca a reeleição, prometeu que uma vacina estará à disposição ainda em 2020.

- Cacique Raoni recebe alta -

A América Latina segue sofrendo com a pandemia.

O Brasil, o segundo país do mundo mais atingido pelo vírus, não consegue frear a propagação e superou na quinta-feira os 4 milhões de casos, acumulando mais de 124.000 óbitos.

Apesar da gravidade da pandemia, é possível enxergar uma leve melhora. Na última semana foi registrada uma média de 869 mortes diárias, após vários meses de mais de mil óbitos por dia.

Nesta sexta-feira, o cacique Raoni Metuktire, símbolo das causas indígenas, recebeu alta após uma semana hospitalizado com covid-19. Quase 30.000 indígenas brasileiros foram contaminados e 785 faleceram devido ao vírus, de acordo com uma ONG.

Na Argentina, o vírus também não dá trégua. O país registrou na quinta-feira um recorde de 12.026 casos em 24 horas, chegando a 451.185 contágios em todo o território. No total, são mais de 9.300 óbitos.

O Chile anunciou nesta sexta-feira as precauções sanitárias para o plebiscito de 25 de outubro, quando 14 milhões de cidadãos irão decidir se querem modificar a atual Constituição, legado da ditadura de Augusto Pinochet.

O horário da votação foi ampliado e inclui três horas de atenção exclusiva para eleitores em situação de risco. Os cidadãos que participarem do plebiscito terão que usar máscara e levar sua própria caneta para votar.

- Espanha sofre -

Em outras regiões do mundo, onde o vírus parecia sob controle, a covid-19 ressurge.

Na Nova Zelândia, um país pouco afetado pela pandemia e considerado como um exemplo de gestão da crise, registrou-se nesta sexta-feira a primeira morte pela doença em mais de três meses.

Uma segunda onda de contaminações também surge na Espanha, um dos país que mais sofreu na Europa, com cerca de 29.000 óbitos.

Madri concentra desde o início da pandemia cerca de um terço dos óbitos do país: 73 dos 191 falecimentos na última semana aconteceram na região da capital.

"A situação é muito, muito preocupante", alertou a doutora Silvia Durán, porta-voz da associação de médicos Amyts, inquieta com a "rápida progressão" da curva de contaminações, que se assemelha ao período inicial da pandemia.


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