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Estado de Minas

Governo do Paraguai denuncia uso de crianças e adolescentes por grupo guerrilheiro


04/09/2020 20:43

Um grupo guerrilheiro que atua no norte do Paraguai usa crianças e adolescentes para suas atividades ilícitas, denunciou nesta sexta-feira (4) o governo do presidente Mario Abdo Benítez, ao informar a morte de duas jovens em um confronto na quarta-feira.

"O governo paraguaio repudia e condena veementemente a prática que vem implementando a organização criminosa EPP (Exército do Povo Paraguaio) de utilizar crianças e adolescentes para fins ilícitos, inclusive em alguns casos vinculados ao núcleo familiar dos integrantes da citada organização criminosa", disse nesta sexta-feira em nota.

"Lamento que o chamado Exército do Povo Paraguaio (EPP) exponha os menores de forma covarde e irresponsável", acrescentou o presidente durante a inauguração de uma estrada.

Segundo o governo, duas adolescentes, entre 16 e 18 anos, foram mortas na última quarta-feira em uma operação organizada pela Força Tarefa Conjunta (FTC), formada por militares e policiais.

Nesse dia, as autoridades haviam informado as mortes, mas sem indicar a idade ou identidade das duas garotas.

O confronto armado ocorreu a cerca de 500 quilômetros ao nordeste, próximo ao povoado conhecido como Yby Ya-ú, no departamento de Concepción, próximo à fronteira seca com o Brasil.

As jovens seriam filha e sobrinha dos principais dirigentes do EPP, Osvaldo Villalba e Magna Meza, que fugiram acompanhados de outros 12 integrantes do bando, que estão sendo procurados, disse o comandante da FTC, General Héctor Grau.

O governo atribui a morte de quase cinquenta pessoas, incluindo militares e civis, ao EPP de inspiração marxista, desde que iniciou sua atividade insurgente em 2008.

Genoveva Oviedo, irmã do líder do EPP, Alcides Oviedo, presa e condenada em Assunção por terrorismo, negou o relatório oficial e afirmou que os mortos tinham 11 e 12 anos e viviam sob os cuidados de sua avó em território argentino com documentação deste país.

A mulher garantiu que os menores viajaram clandestinamente para encontrar seus parentes e celebrar um aniversário.

O porta-voz das forças de segurança disse que os documentos argentinos exibidos pelos familiares das duas mulheres "são originais com conteúdo falso".


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