(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Maduro diz que convidou UE e ONU para monitorar eleições parlamentares


02/09/2020 21:43

O governo venezuelano informou nesta quarta-feira que convidou as Nações Unidas e a União Europeia para participarem como observadoras das eleições parlamentares de 6 de dezembro no país, em carta enviada a dirigentes de ambas as organizações.

"Informo que ontem (terça-feira) enviamos a Antonio Guterres e Josep Borrell uma carta sobre as amplas garantias eleitorais acordadas para as próximas eleições parlamentares, (...) reiterando o convite para que as Nações Unidas e a União Europeia participem como observadores", afirmou o ministro das Relações Exteriores venezuelano, Jorge Arreaza, nesta quarta-feira no Twitter.

A carta, divulgada posteriormente por Arreaza na mesma rede social, propõe um "marco de garantias" fruto de um "processo de diálogo intenso", que inclui, entre outros pontos, "ajustes" no cronograma para promover a participação e incluir uma tinta indelével na qual os eleitores deverão mergulhar o dedo mínimo após votarem, eliminada das questionadas eleições presidenciais de 2018, em que Maduro foi reeleito.

O convite foi feito um dia depois de Maduro conceder indulto a mais de uma centena de opositores, 26 deles deputados (alguns exilados após perderem a imunidade), além de vários colaboradores do chefe do Legislativo, Juan Guaidó.

Maduro disse ontem acreditar que o gesto servirá "para avançar no diálogo", "criar condições que permitam a mais ampla participação eleitoral" e "confiança" no processo eleitoral.

As eleições para renovar o Parlamento, único poder nas mãos da oposição, são boicotadas pelos principais partidos opositores, por serem consideradas uma "fraude" marcada pela desqualificação de partidos pelo Supremo Tribunal de Justiça, de linha chavista. Mas líderes opositores como Henrique Capriles, duas vezes candidato à presidência, e o parlamentar Stalin González apostam na participação.

No mês passado, Josep Borrell, chefe da diplomacia europeia, pediu o adiamento das eleições legislativas venezulanas, por considerar que não existiam condições para organizá-las, nem para que a UE enviasse uma equipe de observação. No entanto, ele tuitou ontem que "a libertação de um número considerável de presos políticos e deputados perseguidos na Venezuela é uma boa notícia e condição indispensável para se continuar avançando na organização de eleições livres, inclusivas e transparentes".

A alta comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, também saudou ontem a medida de Maduro, que beneficiou 110 opositores. Mas os Estados Unidos, à frente da meia centena de governos que reconhecem Guaidó como presidente interino, afirmaram que os indultos são apenas "ações simbólicas".


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)