O candidato democrata à Presidência dos EUA, Joe Biden, viaja nesta quinta-feira (3) para Kenosha, palco de protestos e de tumultos depois que a polícia feriu gravemente o afro-americano Jacob Blake - anunciou sua equipe de campanha, um dia após Donald Trump ir à cidade.
O ex-vice-presidente "conduzirá uma reunião em Kenosha para reunir os americanos para curar suas feridas e responder aos desafios", disse sua equipe em um comunicado divulgado nesta quarta.
Sua esposa, Jill Biden, viajará com o candidato, e os dois farão uma parada em outro local de Wisconsin, que não foi especificado.
Wisconsin deve desempenhar um papel crucial na eleição presidencial de 3 de novembro. Trump venceu de surpresa naquele estado nas eleições de 2016.
O presidente republicano visitou Kenosha na terça-feira, apesar dos avisos do prefeito da cidade e do governador, ambos democratas, que temem um aumento nos protestos.
Trump, que durante a campanha vem insistindo no slogan "lei e ordem", verificou os danos causados nos distúrbios, classificando-os de "terrorismo doméstico", e agradeceu à polícia pelo trabalho. Não se referiu a Jacob Blake uma única vez.
Em 23 de agosto, Blake, de 29 anos, foi baleado sete vezes nas costas pela polícia local durante uma prisão, e ficou gravemente ferido. Internado, ele se encontra com a parte inferior do corpo paralisada.
Este incidente reavivou os protestos contra o racismo e contra a brutalidade policial após a morte, em 25 de maio, de outro cidadão negro, George Floyd, também nas mãos da polícia.