A Rússia anunciou, nesta segunda-feira (31), a expulsão de três diplomatas eslovacos como "medida de reciprocidade" depois que três russos foram expulsos por Bratislava, a terceira decisão deste tipo em uma semana, em meio a tensões russo-europeias.
A decisão foi anunciada ao embaixador eslovaco em Moscou, citado pelo Ministério das Relações Exteriores, de acordo com um comunicado da diplomacia russa.
"A Rússia, apoiando-se no princípio da reciprocidade, tomou a decisão de expulsar de seu território três autoridades diplomatas da embaixada da Eslováquia em Moscou", disse o Ministério.
A Eslováquia havia anunciado em 10 de agosto a expulsão de três diplomatas russos por "um crime grave". A imprensa local informou sobre um provável vínculo com o assassinato de um ex-rebelde checheno, Zelimjan Jangoshvili, no ano passado em um parque de Berlim.
A polícia alemã prendeu um suspeito pouco depois do assassinato e a Promotoria acusou a Rússia de organizar o crime, acusação rejeitada por Moscou.
A diplomacia russa condenou hoje a expulsão de seus três funcionários por parte da Eslováquia como um "gesto inadequado" e "contrário ao espírito tradicionalmente construtivo do desenvolvimento das relações entre os dois países".
Esta é a terceira expulsão de diplomatas europeus por parte da Rússia em apenas uma semana.
Na sexta-feira, exigiu que um diplomata norueguês abandonasse o país em resposta à expulsão de dois homólogos russos por parte de Oslo devido à um caso de espionagem.
Alguns dias antes, um diplomata austríaco foi declarado 'persona non grata' pela Rússia em represália pela expulsão de outro representante russo em Viena, vinculado à um caso de espionagem industrial.
Em junho, Moscou expulsou dois diplomatas tchecos também como medida de "reciprocidade", após a expulsão de dois funcionários russos, no contexto de um plano falso para envenenar políticos.