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Estado de Minas

Trump e Biden retomam campanha após convenções de seus partidos


28/08/2020 14:25

Sem perder tempo, Donald Trump retomou a campanha com a qual busca um segundo mandato presidencial na sexta-feira após o fechamento de uma convenção republicana muito ofensiva contra seu oponente democrata Joe Biden, que fará uma turnê pelos Estados Unidos novamente após meses de pausa devido à pandemia.

O presidente dos Estados Unidos visitará New Hampshire, estado do nordeste que perdeu por pouco em 2016, com os olhos postos na eleição de 3 de novembro, disputa na qual ele está para trás, segundo as pesquisas.

Ali, ele fará um discurso para seus apoiadores, tentando se reconectar com o público mesmo que a crise de saúde o impeça de organizar os grandes encontros de que gosta.

A mensagem já é conhecida: o bilionário republicano a repetiu na noite de quinta-feira ao aceitar a indicação do Partido Republicano, em polêmico discurso proferido ao vivo pela Casa Branca, algo que nenhum de seus antecessores ousou fazer.

"Ninguém estará a salvo de Biden nos Estados Unidos", disse Trump, 74, enquanto seu lado conservador denunciava a violência do movimento histórico contra o racismo e a brutalidade policial, revitalizada nos últimos dias depois que um agente atirou sete vezes em um cidadão negro pelas costas em Kenosha, Wisconsin (norte).

- Vacina antes da eleição? -

O presidente prometeu "defender o estilo de vida americano", que, diz ele, acabaria com o candidato democrata de 77 anos.

Representado como um fantoche da "esquerda radical", o ex-vice-presidente Barack Obama foi o alvo onipresente do presidente e seus aliados durante os quatro dias de convenção.

Trump, que repete continuamente que as pesquisas atuais estão erradas como estavam antes de sua vitória surpresa há quatro anos, também parece estar apostando em outro trunfo: o possível anúncio de uma vacina contra COVID-19 antes das eleições.

"Vamos produzir uma vacina até o final do ano, talvez até antes!", afirmou.

"Vamos derrotar o vírus, acabar com a pandemia e sair mais fortes do que nunca", disse o 45º presidente dos Estados Unidos, cuja gestão da crise de saúde aliada a uma crise econômica histórica foi fortemente criticada, mesmo entre suas fileiras.

Falando nos jardins da Casa Branca diante de apoiadores sem muito distanciamento físico e com poucas máscaras, Trump mostrou sua impaciência em virar a página do coronavírus, que atingiu a economia americana, afetando seu principal argumento eleitoral.

- "Político tátil" -

O presidente continua a zombar de seu rival, a quem apelidou de "Sleeping Joe", por ter ficado estritamente confinado em sua casa em Delaware por mais de dois meses, com poucas saídas depois disso.

Até agora, no entanto, essa estratégia tem beneficiado Biden, que lidera Trump por sete a oito pontos em média nas pesquisas nacionais e lidera os estados decisivos que definirão a eleição, embora por uma margem estreita em alguns casos.

A convenção democrata da semana passada, virtual em nome da luta contra o vírus, mostrou sua disposição de transformar esse espírito de responsabilidade em um argumento de campanha.

No entanto, o veterano da política pode, no longo prazo, ser alvo de críticas, como quando evitou ir a Wisconsin, onde uma vitória será crucial para as eleições presidenciais, que originalmente seria o palco de sua convenção.

Na quinta-feira, ele surpreendeu ao anunciar que retomaria sua campanha pessoalmente em estados-chave.

"Vou viajar pelo país. Irei sempre que possível, respeitando as regras estaduais" sobre as reuniões para limitar a disseminação do coronavírus, disse.

"Uma das coisas em que pensamos é ir para Wisconsin e Minnesota, passar um tempo na Pensilvânia, no Arizona", acrescentou.

"Mas iremos (para esses estados) de uma maneira totalmente responsável, ao contrário do que aquele cara faz", garantiu Biden, referindo-se a Trump.

"Sou um político tátil, sinto muita falta de apertar as mãos!", comentou.

Embora Trump pretenda acelerar sua campanha antes do primeiro debate, em 29 de setembro, a retomada das viagens de Biden será em seu próprio ritmo: após o Dia do Trabalho, em 7 de setembro.


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