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Estado de Minas

Laura passa rapidamente por Cuba e avança rumo aos Estados Unidos


24/08/2020 17:19

A tempestade tropical Laura, que pode se tornar furacão na terça-feira, passava nesta segunda-feira (24) pela região central de Cuba depois de causar pelo menos 13 mortes no Haiti e na República Dominicana, enquanto avança rumo aos Estados Unidos, que já está sob ameaça do ciclone enfraquecido Marco.

Laura provoca chuvas e invasão do mar no território cubano, sem grandes danos relatados, embora ainda ameace adiantar as previsões e subir à categoria de furacão antes de deixar a ilha.

"Sua força tem diminuído muito sutilmente. Dos 100 km/h que tinha, agora são 95 km/h de ventos sustentados (...) No entanto, agora tem uma organização melhor, embora ligeiramente mais fraca", disse o meteorologista José Rubiera à TV estatal.

Sua velocidade de deslocamento caiu de 33 para 31 km/h. Apesar disso, "a movimentação de Laura é bastante rápida", acrescentou Rubiera, que mais cedo não descartou que possa se tornar um furacão de categoria 1 antes do previsto.

No Haiti, Laura deixou neste domingo um balanço de nove mortos e dois desaparecidos, segundo informes oficiais. Na República Dominicana, com a qual o Haiti divide a ilha Hispaniola, Laura deixou quatro mortos.

Por enquanto, a previsão é de que ganhe força assim que entrar no Golfo do México, rumo aos Estados Unidos.

"Depois de passar por Cuba é praticamente certo, quando entrar no Golfo do México, que já seja um furacão", acrescentou Rubiera.

Essa previsão coincide com a do Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos (NHC), que prevê que Laura se torne furacão entre terça e quarta-feira e alcance o litoral dos EUA.

Enquanto isso, o furacão Marco perdeu força e foi rebaixado para tempestade na noite de domingo, produzindo "chuvas fortes e rajadas de vento ao longo de setores da costa norte do Golfo" do México, segundo o NHC.

É esperado na costa sudeste de Louisiana no final desta segunda-feira, onde deve perder ainda mais intensidade, se transformando em uma depressão tropical.

- A trajetória-

O centro da tempestade passou por Santiago de Cuba, atravessou o Granma para sair no golfo de Guacanayabo. Seguiu pelo mar em paralelo à costa sul do centro do país e se encontrava à altura de Cienfuegos..

Em sua passagem, leva chuvas, marés altas e inundações costeiras, embora não se tenham informado danos pessoais.

Espera-se que o centro da tempestade volte a tocar terra no oeste de Cuba entre a tarde e a noite desta segunda-feira, para atravessar brevemente a ilha de sul a norte e voltar a sair ao mar na madrugada de terça-feira, possivelmente por Pinar del Río em sentido noroeste, segundo um prognóstico.

Ventos e chuvas associados ao ciclone também afetariam de forma fraca e sem grandes penetrações costeiras a capital, Havana, no último trecho antes de se afastar de Cuba.

"O ciclone Laura nos ameaça e estamos fazendo um muro de contenção porque esta parte daqui se inunda sempre e há invasão do mar", disse à AFP o pedreiro Raúl Nodal, de 64 anos, no bairro de Centro Havana.

Alguns hotéis de luxo situados no Malecón, fechados por causa da pandemia, optaram por proteger suas vidraças.

- Evacuações preventivas-

As chuvas de Laura já castigaram as regiões de Guantánamo e Santiago de Cuba, no leste do país. O ciclone causou rajadas de até 146 km por hora e ondas de mais de 3 metros na cidade de Maisi, no extremo oriente da ilha.

Entre Guantánamo, Santiago de Cuba, Granma e Camagüey, cerca de 200.000 pessoas foram evacuadas preventivamente, de acordo com relatos das autoridades provinciais. Também houve evacuações menores na província de Las Tunas (centro-oeste) e Ciego de Ávila.

À medida que Laura se aproxima do ocidente de Cuba, os trabalhos de proteção da população se complicam, porque esta é a área mais afetada pelo ressurgimento da pandemia de COVID-19, especialmente em Havana, seu atual epicentro.

Cuba ainda mantém a pandemia sob controle, com 3.717 casos registrados até domingo e 91 mortos.

Devido às passagens de Laura e Marco, 114 plataformas de petróleo do Golfo do México foram evacuadas.

A temporada de ciclones no Atlântico, que vai até novembro, pode ser especialmente severa este ano. O Centro Nacional de Furacões dos EUA espera 25 e Laura é a décima segunda até agora.


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