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Estado de Minas

Barack Obama e Kamala Harris entram na arena da convenção democrata nos EUA


19/08/2020 18:07

Barack Obama, o primeiro presidente negro na história dos EUA, será o principal orador do terceiro dia da convenção democrata, nesta quarta-feira (19), quando a senadora negra Kamala Harris fará história ao aceitar formalmente ser a vice-presidente de Joe Biden na corrida presidencial americana.

No evento partidário, realizado pela primeira vez quase que integralmente em formato virtual para evitar a propagação do novo coronavírus, também discursará a ex-primeira dama e candidata democrata, Hillary Clinton, derrotada por Donald Trump em 2016.

Biden, ex-vice de Obama, foi nomeado oficialmente na terça-feira para disputar as eleições em 3 de novembro, quando desafiará o presidente republicano em um país politicamente polarizado, em meio à pandemia da COVID-19, que já deixou mais de 171.000 mortos no país, gerou recessão e testemunhou uma onda de clamor contra o racismo e a violência policial.

"Muito, muito obrigado do fundo do meu coração. Obrigado a todos. Significa muito para mim e minha família", disse Biden, de 77 anos, após a votação em que cada estado e território do país mostraram por meio de mensagens virtuais sua diversidade geográfica e cultural, algo muito comentado nas redes sociais.

Obama e Harris serão as estrelas do encontro desta quarta-feira, que pode ser acompanhado na TV ou pela internet.

Obama, que permaneceu em segundo plano nas altamente disputadas primárias democratas, anunciou seu apoio oficial a Biden em 14 de abril, e desde então vem criticando Trump, cuja gestão da pandemia o ex-presidente chama de "um desastre caótico absoluto".

- Entre o "cinismo" e a "esperança" -

Esta é uma escolha entre a "política do cinismo" e a "política da esperança", afirmou Obama em uma recente mensagem de arrecadação de fundos para a campanha do seu ex-vice-presidente.

"Joe entende que quando os tempos se tornam difíceis, nós não desistimos, nós nos levantamos", ressaltou Obama sobre seu copiloto por oito anos. "E é hora de todos nós nos levantarmos, agora mesmo, e apoiar Joe nesta luta pela alma dos Estados Unidos".

A esposa do ex-presidente, a popular Michelle Obama, criticou Trump na segunda-feira durante a abertura da convenção, alegando que ele "é o presidente errado" para o país.

Trump teve "tempo mais do que suficiente para mostrar que pode fazer o trabalho, mas ele claramente o supera", afirmou ela.

Harris, de 55 anos, filha de imigrantes da Jamaica e da Índia, fará seu discurso em Wilmington, cidade natal de Biden, no estado de Delaware, que também se tornou a sede de sua campanha eleitoral.

Para a ex-procuradora-geral da Califórnia, a primeira mulher negra eleita para uma chapa presidencial de um grande partido, essa será outra oportunidade de atacar publicamente os três anos e meio da presidência de Trump.

"Os Estados Unidos pedem liderança, mas temos um presidente que se preocupa mais consigo mesmo do que com as pessoas que o elegeram", destacou Harris no lançamento campanha com Biden, na semana passada.

- Noite das garotas -

Exceto por Obama, esta será uma noite de garotas na grande convenção democrata.

Além de Harris e Clinton, discursarão Nancy Pelosi, presidente da Câmara e líder democrata no Congresso, a senadora progressista Elizabeth Warren, ex-rival de Biden, e a governadora do Novo México, Michelle Lujan Grisham, uma das personalidades latinas mais importantes dos Estados Unidos.

Também foi anunciada a participação da ex-legisladora do Arizona, Gabrielle Giffords, que se tornou ativista pelo controle armamentista depois de ser gravemente ferida por um tiro em um atentado em 2011.

Antes dela também falará Emma González, uma sobrevivente do massacre no colégio Parkland, na Flórida, que se tornou um símbolo da frustração sentida pelos jovens por causa da inércia dos políticos em relação à violência com armas de fogo.

Além disso, uma imigrante sem documentos na Carolina do Norte, Silvia Sánchez, contará sua história com suas filhas, uma delas uma "dreamer", que faz parte do programa DACA criado por Obama para proteger da deportação aqueles que chegaram ao país ainda crianças junto aos seus pais, sem documentos, que Trump tentou cancelar.

Biden, que teve pouca exposição pública para minimizar os riscos de contaminação, passa na frente de Trump nas pesquisas por 7,6 pontos em todo o país, com base na média do RealClearPolitics. Mas a diferença entre os dois diminuiu nas últimas semanas.

O Partido Republicano fará sua convenção, também virtual, na próxima semana, na qual indicará Trump para um segundo mandato.

"Ao contrário de Michelle Obama, estarei ao vivo", comentou Trump ao confirmar que aceitará a candidatura nos jardins da Casa Branca em 27 de agosto, algo questionado por seus críticos por considerarem que isso confunde os limites entre seu papel como presidente e sua campanha.


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