(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Reino Unido quer armazenar remédios por possível não acordo com UE


04/08/2020 09:31

O governo britânico pediu às empresas farmacêuticas que estoquem medicamentos para ter reservas por seis semanas, para se prepararem para uma eventual falta de acordo com a União Europeia (UE) ao final do período de transição pós-Brexit.

Desde que o Reino Unido deixou a UE em 31 de janeiro, após 47 anos, os dois lados tiveram intensas discussões para definir os termos de seu novo relacionamento e estabelecer um acordo de livre-comércio após o período de transição, que termina em 31 de dezembro.

Essas negociações ainda não são conclusivas, embora os dois lados mantenham a esperança de alcançar um compromisso.

Diante da hipótese de um "não acordo", algo que pode atrapalhar os canais de suprimento, o governo britânico pediu às empresas que se programem para estocar medicamentos para durar um mês e meio.

"Estamos conscientes de que os canais globais de suprimento estão sob pressão importante, exacerbada pelos recentes acontecimentos relacionados à COVID-19. No entanto, incentivamos as empresas a fazerem do armazenamento um elemento-chave de seus preparativos e pedimos a essa indústria, se for possível, que acumule até seis semanas de estoque em solo britânico", escreveu o responsável comercial do Ministério da Saúde em uma carta às empresas farmacêuticas publicada na noite de segunda-feira.

Também lhes foi pedido que considerem outras fontes de suprimento, no caso de distúrbios nos grandes portos de entrada no Reino Unido, como Dover.

O restabelecimento dos controles aduaneiros, na ausência de um acordo entre as duas partes, pode causar uma desaceleração dos fluxos.

Antes de o Reino Unido deixar a UE, o governo havia armazenado remédios e equipamentos médicos, e "planejamos restabelecer esses níveis para um objetivo de seis semanas de estoque no total", acrescenta a carta.

A Associação Médica Britânica, que representa os médicos, "sempre advertiu que um Brexit sem acordo poderia ter um impacto potencialmente catastrófico no NHS (serviço público de saúde) e, como consequência, na saúde do país", afirmou o vice-presidente da associação, o dr. David Wrigley.

"Agora, mais do que nunca, é absolutamente crucial que o governo estabeleça uma relação que proteja a saúde futura de seu país", insistiu.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)