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Estado de Minas

Pandemia atinge economias e efeito poderia durar décadas, diz OMS


31/07/2020 21:43

A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou nesta sexta-feira (31) que os efeitos do coronavírus "se farão sentir nas próximas décadas", em um momento em que são revelados números econômicos devastadores em diversos países devido à pandemia, como nos Estados Unidos, onde o Congresso fracassou em aprovar um novo pacote de estímulos.

"Esta pandemia é uma crise sanitária que só acontece uma vez por século e seus efeitos se farão sentir por décadas", declarou Tedros Adhanom Ghebreyesus, chefe da OMS, durante uma reunião do Comitê de Emergência.

Os primeiros resultados dos estudos sorológicos mostram "que a maioria da população segue sendo suscetível ao vírus, inclusive em áreas com surtos muito fortes", declarou Ghebreyesus.

- Recessão -

Enquanto isso, fracassaram as negociações no Congresso dos Estados Unidos para a aprovação de um novo pacote de estímulos, quando à meia-noite expira a vigência da ajuda de custo de 600 dólares aprovados pelo Legislativo em final de março, um duro golpe para milhões de desempregados, em um contexto sombrio após revelar-se que o país entrou em recessão com uma contração de 32,9% no segundo trimestre do ano.

A Europa também anunciou uma forte contração de sua economia e a entrada em recessão, após registrar uma queda histórica de 12,1% de seu Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre.

Alemanha e França, primeira e segunda maiores economias do bloco, sofreram quedas recorde - 10,4% e 13,8%, respectivamente - no segundo trimestre.

Na Espanha, a contração atingiu 18,5%, o que levou o país à recessão, após dois trimestres consecutivos de quedas do PIB. Um dos pilares da economia espanhola (12% do PIB), o turismo teve retrocesso de 60% em sua receita na comparação com o mesmo período de 2019.

Como contrapeso, a economia do Canadá se recuperou em maio com um crescimento de 4,5%, informou o governo nesta sexta-feira, depois de dois meses de quedas acentuadas.

- Custo humano -

A região da América Latina e Caribe, que tem o maior número de infecções no mundo, com 4.733.320 casos e 194.683 mortos, também enfrenta sua maior crise no último século.

O México registrou contração recorde de 17,3% no segundo trimestre.

O país se tornou o terceiro no mundo em número de vítimas fatais provocadas pelo coronavírus, com 46.000 óbitos.

O governo da Argentina, país que atravessa uma duríssima crise econômica e já estava em recessão antes da pandemia, colocou um freio na flexibilização das medidas de confinamento, pelo menos nas próximas duas semanas, devido ao elevado número de contágios que ameaça saturar o sistema de saúde.

Já o Peru, com mais de 19.000 óbitos e mais de 407.000 contágios, anunciou a extensão do estado de emergência sanitária até 31 de agosto, assim como a reimposição da quarentena para algumas províncias mais afetadas do país, que haviam saído do isolamento há um mês.

Ao mesmo tempo, o balanço humano é cada vez maior. O número de contágios no mundo supera 17 milhões, com quase 674.000 mortes desde o surgimento da doença na China no fim do ano passado.

Os dois países com o maior custo humano são Estados Unidos, com 152.070 mortos e mais de quatro milhões de infectados, e Brasil, com 91.263 vítimas fatais e mais de 2,5 milhões de casos.

Na Flórida, um dos estados americanos mais impactados atualmente pela epidemia, com saldo total de quase 6.600 óbitos, os habitantes também se preparam para a chegada do furacão Isaías.

O Reino Unido, que registra 45.999 mortes por COVID-19 e 302.301 infectados, anunciou nesta sexta-feira o adiamento da nova fase da flexibilização do confinamento pelo aumento de casos.

E, do outro lado do mundo, o Nepal reabriu nesta sexta-feira o acesso à sua área montanhosa, mais especificamente ao Everest, para expedições de fim de ano, com o objetivo de impulsionar o setor de turismo, muito afetado pela crise.

Na Arábia Saudita, os fiéis muçulmanos iniciaram o ritual do "apedrejamento de satã", um dos últimos da grande peregrinação a Meca, que este ano foi drasticamente reduzida para evitar a propagação do vírus.

- Corrida pela vacina -

Diante de tanta devastação, o mundo aguarda ansiosamente por uma vacina que acabe com a angustia e a incerteza, o que desatou em uma corrida intensa entre os países por um tratamento confiável.

As farmacêuticas Sanofi e GSK anunciaram um contrato de mais de US$2 bilhões com os Estados Unidos pelo desenvolvimento de uma vacina. E, poucas horas depois, a Comissão Europeia anunciou que reservou 300 milhões de doses da futura vacina, que deverá ficar pronta em 2021.

Assinar acordos e parcerias com os países permite às empresas compartilhar os riscos, enquanto os governos garantem o financiamento das pesquisas e da produção das doses em caso de êxito.

O esporte mundial também foi duramente atingido pela pandemia.

Os torneios de tênis ATP e WTA de Roma, que foram adiados para setembro, serão disputados sem a presença de público, segundo a imprensa italiana.

A Fórmula 1 enfrenta o primeiro caso de coronavírus, a dois dias do GP de Silverstone, no Reino Unido. O mexicano Sergio Pérez (Racing Point) testou positivo e não disputará a prova.

Nos Estados Unidos, a temporada da NBA recomeçou na quinta-feira após quatro meses de paralisação, com jogadores, técnicos e árbitros ajoelhados em sinal de protesto pelas injustiças raciais.


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