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Estado de Minas

Cineasta britânico Alan Parker morre aos 76 anos


31/07/2020 17:19

O diretor de cinema britânico Alan Parker, autor de grandes sucessos de bilheteria e de crítica, como "O Expresso da Meia-Noite", morreu nesta sexta-feira, aos 76 anos, informou sua família.

Ganhador de dois Oscars de melhor diretor ao longo de uma carreira prolífica, Parker morreu "após uma longa doença", disse a família em comunicado.

Um cineasta que rejeitou adjetivos, Parker fez seu nome na década de 1970, pulando de gênero em gênero sem hesitação, da comédia musical "Bugsy Malone", seu primeiro filme, ao cinema severo e comprometido de "O expresso da meia-noite" (1978), sobre a dura realidade das prisões turcas.

Em 1980, ele teve um enorme sucesso com "Fama", outro musical que se tornou uma série de televisão, e repetiu dois anos depois com "The wall", outro musical com grande impacto visual por sua dureza, baseado no álbum duplo do Pink Floyd.

Em 1996, foi a vez de "Evita", adaptação do famoso musical, para a qual contou com Madonna no papel principal e Antonio Banderas como Che Guevara.

Ele era "um camaleão com um talento extraordinário", reagiu a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood. No total, suas obras somaram 19 prêmios Bafta, 10 Globos de Ouro, 10 Oscars e um Grande Prêmio do Júri de Cannes.

- Início como roteirista publicitário -

Nascido em 14 de fevereiro de 1944, Alan Parker deu seus primeiros passos na escrita e nos roteiros publicitários. "Bugsy Malone", seu primeiro filme, é uma paródia musical dos filmes de gângsters dos anos 1920 interpretada por crianças.

Após o sucesso de "O Expresso da Meia-Noite", ele retornou aos musicais, com "The Wall". Sete anos mais tarde, lançou "Mississipi em Chamas", que narra a investigação feita pelo FBI do desaparecimento de três figuras da luta pelos direitos civis nos Estados Unidos.

Parker trabalhou com alguns dos melhores atores da sua geração, como Robert de Niro, Gene Hackman e Nicholas Cage. O produtor britânico David Puttnam homenageou aquele que era seu "mais antigo e estimado amigo, alguém que sempre impressionou por seu talento".

Com o "coração partido", a produtora Barbara Broccoli ("James Bond") lamentou o que chamou de "perda enorme para o mundo do cinema. Seu trabalho destacava os elementos da sua personalidade que tanto adorávamos: integridade, humanidade, humor, irreverência, rebelião e, sobretudo, espetáculo."

O ex-presidente do Festival de Cannes Gilles Jacob saudou "um cineasta vivo, brilhante, prolífico e de espírito sarcástico".

Alan Parker deixa a mulher, Lisa Moran-Parker, cinco filhos e sete netos.


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