A primeira-ministra belga, Sophie Wilmès, anunciou nesta segunda-feira (27) um endurecimento das medidas para combater a pandemia de coronavírus, diante do "preocupante" aumento de casos no país.
O número de pessoas com as quais os belgas poderão se encontrar em sua "bolha de contato" passará de 15 para 5 a partir de quarta-feira e durante quatro semanas. As reuniões públicas serão limitadas a 100 pessoas em espaços fechados (até agora 200) e 200 em espaços abertos (em vez de 400).
"Os dados epidemiológicos são preocupantes e estamos muito preocupados", declarou a chefe do governo em coletiva de imprensa no final de um conselho nacional de segurança.
O trabalho remoto é "muito recomendável quando for possível", continuou Wilmès, lamentando que seja "cada vez menos utilizado". Os belgas também estão convidados fazer suas compras sozinhos e a limitá-las a 30 minutos.
A primeira-ministra também expressou "sérias preocupações" com a situação em Amberes (norte), que concentrou 47% dos novos casos de COVID-19 registrados no país na semana passada.
A governadora da província, Cathy Berx, citada pela imprensa belga, pediu aos moradores que "permaneçam em casa o máximo possível" e que visitantes não vão para a cidade.
Ela anunciou o fechamento de bares e restaurantes a partir das 23h e que será adotado um toque de recolher das 23h30 às 06h, exceto para deslocamentos estritamente necessários.
Os maiores de 12 anos terão que usar máscaras em espaços públicos e nos locais onde não seja possível manter distanciamento mínumo de 1,5 metro. Também foram proibidos os esportes que envolvam contato físico.
Na semana passada, a Bélgica ordenou o uso obrigatório de máscaras em "todos os locais muito cheios" como mercados ao ar livre e áreas comerciais com muita gente.
Uma média de 279 pessoas por dia contraíram a COVID-19 na última semana, em comparação com 163 da semana anterior.
Até esta segunda-feira, o país registrou 66.026 casos desde o início da pandemia e 9.821 mortes. A Bélgica é um dos países com o maior número de mortes de COVID-19 em comparação à sua população, com 85 mortes a cada 100.000 habitantes.