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Estado de Minas

Outras doenças abalaram as Olimpíadas no passado


23/07/2020 21:07

A pandemia do novo coronavírus causou o adiamento em um ano dos Jogos Olímpicos de Tóquio, de 2020 para 2021, mas não foi o primeiro evento a ser afetado por uma doença, embora em nenhuma ocasião tenham sido tomadas medidas tão drásticas.

Enquanto se espera para saber como serão as olimpíadas na capital japonesa no próximo ano, se serão realmente realizadas, a experiência mostra que outras edições também foram ameaçadas, mas acabaram acontecendo.

- Antuérpia-1920: gripe -

Sob a sombra da chamada "gripe espanhola", considerada a mais mortal da história, com 50 milhões de mortes, os Jogos de Antuérpia em 1920 foram vistos como um símbolo dos esforços da humanidade para se reconstruir após a devastação da Primeira Guerra Mundial.

Apesar do fato de a "gripe espanhola" ter matado cinco vezes mais pessoas que a guerra de 1914-1918, o impacto do vírus foi ofuscado pela guerra mundial e passou para um segundo plano.

Exatamente um século depois, os organizadores do Tóquio-2020 tiveram que tomar medidas drásticas contra uma pandemia, neste caso da COVID-19.

O evento japonês, se realmente puder ser realizado com sucesso, também terá um alto componente simbólico.

- México-1968: gripe -

As Olimpíadas de 1968 no México ocorreram durante uma das pandemias do século XX, a 'Gripe de Hong Kong'.

A doença de espalhou da então colônia britânica para o sul da China e toda a Ásia e chegou às Américas no final de 1968.

Foram cerca de um milhão de mortes, mas essa pandemia teve pouco efeito nos Jogos do México.

- Nagano-1998: gripe -

O Japão já tinha sofrido uma epidemia antes de voltar a sediar os Jogos Olímpicos, quando foi palco os Jogos de Inverno de Nagano em 1998.

Quase 1.500 crianças em idade escolar na região de Nagano morreram de gripe e cerca de 200 pessoas ligadas aos Jogos adoeceram, embora os organizadores tenham enfatizado que a causa também deve ser atribuída a outras doenças.

O vírus impediu que a patinadora de velocidade norueguesa Aadne Soendral, ouro nos 1.500 metros, conquistasse sua segunda medalha no evento, desta vez nos 1.000 metros.

A promessa alemã da patinação artística Tanja Szewczenko desistiu de competir para preservar sua saúde e o Comitê Olímpico Internacional (COI) se envolveu na prevenção dessa gripe, pedindo aos atletas que tivessem cuidado e os aconselhando a beber bastante líquido.

- Rio-2016: Zika -

Antes dos Jogos Olímpicos Rio 2016, os primeiros da história na América do Sul, o temor girava em torno do zika, um vírus transmitido por picadas de mosquitos que poderia causar vários problemas, principalmente no caso de mulheres grávidas, que poderiam ter bebês com microcefalia (uma deformação resultante de cabeças ou cérebros anormalmente pequenos).

Os problemas com o zika começaram em 2015 e havia cerca de 1,5 milhão de infectados, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), a maioria, no Brasil, o país anfitrião dos Jogos de 2016.

A questão suscitou muita preocupação por visitantes, atletas e torcedores estrangeiros, embora a OMS considerasse o risco "mínimo".

Alguns tenistas da elite e jogadores de golfe, incluindo Rory McIlroy, destaque da Irlanda do Norte, decidiram não competir, citando a doença.

Por fim, os Jogos Rio 2016 foram realizados normalmente e o zika não interferiu na festa.


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