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Estado de Minas

Cautela a um ano dos Jogos de Tóquio devido à ameaça da COVID-19


23/07/2020 20:13

Tóquio comemora nesta quinta-feira com sobriedade a contagem regressiva de apenas um ano para o início dos Jogos Olímpicos, embora a pandemia do novo coronavírus, que forçou o adiamento de 2020 para 2021, persista e continue a ameaçar o evento

Os organizadores planejaram uma celebração modesta sem a presença do público em geral, no momento em que a capital japonesa enfrenta uma segunda onda da COVID-19.

O otimismo de um ano atrás parece distante, quando o Japão celebrou a então contagem de 365 dias para a abertura das Olimpíadas em 2020, com milhões de japoneses tentando obter os primeiros ingressos colocados à venda.

Atualmente, a opinião pública japonesa, com medo de que os Jogos apenas aumentem a gravidade da COVID-19 em seu país, quer principalmente um novo adiamento ou cancelamento definitivo deste evento, de acordo com várias pesquisas recentes.

Os organizadores e o Comitê Olímpico Internacional (COI) advertiram que um segundo adiamento é descartado, devido ao enorme quebra-cabeça logístico e aos custos extras que isso geraria.

Se não puder ser realizado em 2021, o evento será cancelado, afirmam as autoridades olímpicas, o que seria uma decisão sem precedentes desde a Segunda Guerra Mundial.

"Ninguém sabe como será o mundo em julho e agosto (2021). Portanto, devemos nos preparar para vários cenários", com a saúde de todos os participantes como uma "prioridade", declarou o presidente do COI, Thomas Bach, na semana passada.

- Uma vacina crucial -

"Estes Jogos Olímpicos podem ser uma etapa importante para todos" como o primeiro evento planetário "pós-COVID", disse Bach, que reluta em realizar a competição sem a presença de público.

No final de abril, o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, declarou que as Olimpíadas de Tóquio em 2021 seriam o símbolo da "vitória da humanidade sobre o coronavírus". Mas também admitiu que seria difícil organizá-las se essa "vitória" não fosse alcançada antes do início do evento.

A decisão histórica de adiar o maior evento esportivo do mundo por um ano foi tomada no final de março, quando a pandemia do coronavírus, que começou na China, forçou vários países a exigir isolamento social e tornou impossível a disputa de torneios pré-olímpicos classificatórios ou os treinos dos atletas.

As restrições foram suspensas ou reduzidas em muitos lugares, por exemplo, na Europa, mas o vírus continua causando muitos danos em vários países do mundo, como Estados Unidos, Brasil ou Índia.

As autoridades das mais variadas nações, preocupadas com o agravamento do número de infectados, estão reintroduzindo restrições ou decidindo sobre confinamentos localizados.

Os avanços terapêuticos estão se multiplicando, mas a criação de uma vacina eficaz, segura e acessível em larga escala antes de meados de 2021 ainda é uma perspectiva muito incerta.

Ter uma vacina ou tratamento será crucial para permitir a realização dos Jogos, disse o presidente do Comitê Organizador, Yoshiro Mori, na quarta-feira.

"Se a situação atual persistir, não poderemos" organizar os Jogos ", acrescentou Mori.

- Instalações olímpicas reservadas -

Portanto, é difícil ficar muito otimista com a possibilidade de iniciar em 23 de julho de 2021 em Tóquio um grande encontro esportivo com milhões de espectadores e dezenas de milhares de atletas, treinadores, dirigentes, árbitros e jornalistas.

Apesar de tudo, os organizadores estão se concentrando nesse objetivo, tentando resolver um a um os colossais problemas gerados pelo adiamento olímpico.

Recentemente, foi aprovada uma etapa importante: todas as instalações olímpicas inicialmente planejadas para 2020 podem ser reservadas para 2021, o que permite respeitar o cronograma de testes.

Os atletas agora podem "estabelecer metas específicas", disse o diretor esportivo do Comitê Organizador, Koji Murofushi, na semana passada.

Mas outros pontos de dúvida permanecem, desde as medidas que os organizadores vão aplicar para combater o vírus até o custo total do adiamento, passando pela questão dos patrocinadores e sua adesão ao projeto.

Além disso, as fronteiras do Japão ainda estão fechadas para cidadãos de 129 países, como uma medida protetora contra a pandemia. Uma política particularmente restritiva e difícil de combinar com a dimensão dos Jogos Olímpicos.


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