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Estado de Minas

Ministro canadense reembolsa associação em meio a escândalo


22/07/2020 21:55

O ministro canadense das Finanças, Bill Morneau, anunciou nesta quarta-feira (22) ter reembolsado mais de 41.000 dólares em gastos em uma viagem a uma associação investigada por possível conflito de interesses no qual está envolvido o primeiro-ministro, Justin Trudeau.

Morneau devolveu o dinheiro à associação We Charity pela manhã, segundo declarou à Comissão de Finanças da Câmara dos Comuns.

O gabinete de Trudeau informou nesta quarta que o mandatário testemunhará perante a mesma comissão, como exige a oposição, em data ainda não determinada.

O comissário federal de ética, Mario Dion, abriu uma investigação sobre Trudeau e Morneau, depois que o governo concedeu um contrato importante à We Charity para a gestão de um programa de bolsas de cerca de um bilhão de dólares canadenses (US$ 740.000), apesar dos vínculos entre as famílias dos dois dirigentes e a associação.

A organização de caridade deixou de se encarregar do programa por causa do escândalo, mas isso não encerrou a polêmica.

A We Charity admitiu, depois de afirmar o contrário, ter pago quase 300.000 dólares canadenses (US$ 221.000) à mãe e ao irmão de Trudeau para dar palestras nos últimos anos.

A esposa de Trudeau teria recebido 1.500 dólares canadenses (cerca de US$ 1.110) para um evento em 2012, antes de Trudeau se tornar líder do partido Liberal.

Morneau admitiu, por sua vez, que duas de suas filhas colaboravam com a associação, uma delas como funcionária.

O cheque enviado nesta quarta por Morneau era para devolver as despesas relacionadas com as duas viagens humanitárias dos quais participou com sua família em 2017.

O ministro assegurou que desconhecia esta despesa e que a associação nunca lhe enviou a conta, mas admitiu que deveria ter se interessado por este custo.

"Quero me desculpar por este erro", afirmou perante os deputados.

Pouco convencida destes argumentos, a oposição conservadora pediu a demissão do ministro.

Trudeau já tinha sido apontado duas vezes desde 2017 pelo Comissário de Ética por violar a lei de conflito de interesses.


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