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Estado de Minas

Com 15 milhões de contágios, a pandemia segue afetando as Américas


22/07/2020 19:38

Mais de 15 milhões de casos do novo coronavírus foram detectados em todo o mundo, especialmente na América Latina e nos Estados Unidos, onde o governo continua a investir maciçamente para garantir o acesso a uma potencial vacina.

O aumento nos casos de COVID-19 sofreu uma recente aceleração e totalizou mais de 1,6 milhão na semana passada. Além disso, desde que foi detectado na China em dezembro, o vírus causou 617.807 mortes, segundo uma contagem da AFP baseada em fontes oficiais.

Os Estados Unidos continuam sendo o país com mais casos: 3.915.780 e 142.312 mortes. Diante dessa situação, o presidente Donald Trump, que desde o início da pandemia prioriza a economia e é criticado por sua gestão da crise, reconheceu na terça-feira que a situação vai piorar antes de melhorar.

No entanto, nada impede o enfrentamento com a China, que Washington culpa pela pandemia. A imprensa britânica informou nesta quarta-feira que o secretário de Estado americano, Mike Pompeo, censurou o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS) por se deixar "comprar" pelo país asiático, acusado de esconder informações sobre o vírus e de espionagem em pesquisas sobre vacinas.

Pequim acusou os Estados Unidos de "difamação" depois que dois de seus cidadãos foram indiciados por ataques cibernéticos a empresas que buscam uma vacina.

- Acordos milionários -

Enquanto as esperanças de encontrar uma vacina se multiplicam, os Estados Unidos registraram mais de 60.000 novos casos diários na terça-feira pelo oitavo dia consecutivo.

"O governo dos EUA fez um pedido inicial de 100 milhões de doses por US$ 1,95 bilhão e pode comprar até 500 milhões de doses adicionais" de uma vacina em potencial, anunciaram nesta quarta-feira o laboratório americano Pfizer e a alemã Biontech.

As empresas desenvolvem uma vacina juntas há meses e o início dos ensaios clínicos está próximo. O objetivo é "fabricar 100 milhões de doses antes do final de 2020" e provavelmente mais de 1,3 bilhão antes do final de 2021, informaram as empresas, relatando resultados preliminares positivos após testar 45 pessoas neste mês.

Washington também investiu US$ 1,2 bilhão no projeto AstraZeneca com a Universidade de Oxford para 300 milhões de doses e transferência de tecnologia; e doou US$ 1,6 bilhão à biotecnológica Novavax. Também contribuiu para os projetos de vacinação da Moderna, Johnson & Johnson e Sanofi.

A promissora vacina Oxford/AstraZeneca é testada desde junho no Brasil, o segundo país mais atingido do mundo, que paralelamente se tornou o primeiro a iniciar os testes da fase 3 da vacina chinesa Coronavac, do laboratório Sinovac Biotech, na terça-feira.

- Bolsonaro infectado -

No Brasil, com perto de 212 milhões de habitantes e de longe o mais país afetado da América Latina, o vírus já matou 82.771 pessoas, com um recorde de infecções em 24 horas de 67.869, totalizando 2.227.514.

O presidente Jair Bolsonaro, que, como Trump, minimizou a gravidade da pandemia desde o início, voltou a testar positivo para o novo coronavírus nesta quarta-feira, duas semanas após o primeiro diagnóstico e o início de seu confinamento, informou a Presidência.

O presidente afirma que a hidroxicloroquina o está ajudando a superar a doença. Mas a pneumologista Margareth Dalcomo, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), disse à AFP que promover este medicamento sem apoio científico é "uma maneira muito grave de enganar" a população.

Embora muitos países tenham flexibilizado seus confinamentos, a América Latina e o Caribe continuam seriamente afetados e somam 3.956.997 casos, incluindo 167.377 mortes.

O México, com 127 milhões de habitantes, é o quarto no mundo em mortes por COVID-19 (40.400). O presidente Andrés Manuel López Obrador garantiu que a epidemia recua "muito lentamente" e o Ministério da Saúde reconheceu que levará "alguns meses" para alcançar o controle adequado na maioria dos estados.

Mas em meio à incerteza, há quem consiga animar seus compatriotas, como Roberto García, um DJ de 38 anos, que fez um show em seu telhado para embalar os moradores de Naucalpan, subúrbio da Cidade do México.

"É gratificante oferecer música para as pessoas como uma forma de terapia, de diversão", disse ele.

Em outras partes do mundo, o medo de uma segunda onda aumenta com os surtos. A Austrália anunciou 502 novos casos de coronavírus nesta quarta-feira, o maior número já registrado no país, elevando o total de contágios a quase 13.000. Em Tóquio, as autoridades pediram aos moradores para ficarem em casa nesta quarta-feira.

- Novos fundos de emergência -

Depois que a União Europeia concordou com um pacote de ajuda de US$ 840 bilhões na terça-feira, novos fundos excepcionais devem amenizar o impacto econômico da pandemia.

Nesta quarta-feira, o Fundo Monetário Internacional (FMI) anunciou que vai facilitar temporariamente o acesso a fundos de emergência.

Considerando que a crise gerou um número "sem precedentes" de solicitações de assistência financeira e vários países atingiram ou se aproximaram do limite anual", um aumento temporário" de recursos foi solicitado até abril de 2021, explicou o FMI, que prevê uma queda do PIB global de 4,9% este ano.

Enquanto isso, os legisladores em Washington também preparavam um novo pacote de incentivos.


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