(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Pandemia avança nas Américas, enquanto UE fecha acordo para plano de recuperação


21/07/2020 19:25

A pandemia de COVID-19 avança sem dar "sinais de desaceleração" nas Américas, alertou a Organização Pan-americana da Saúde (OPAS), enquanto do outro lado do mundo, os líderes europeus selaram um acordo bilionário sem precedentes para salvar suas economias devastadas pela crise de saúde.

Com os Estados Unidos e o Brasil no epicentro, seguidos do México, as Américas registravam mais de 311.000 mortes em 20 de julho, segundo a OPAS.

E o contágio não para: na semana passada, foram detectados 900.000 novos casos.

"A pandemia não mostra sinais de desaceleração na região", alertou a diretora da OPAS, Carissa Etienne, de Washington.

A região abriga os dois países com mais casos no mundo: Estados Unidos e Brasil, com 3,8 e 2,1 milhões de infectados, respectivamente.

O vírus já infectou mais de 14,7 milhões de pessoas em todo o mundo e matou mais de 611.500 desde que apareceu na China no ano passado, segundo uma contagem da AFP baseada em fontes oficiais.

Na América Latina e no Caribe, que contabiliza mais de 164.000 mortes e 3,8 milhões de infecções, a Argentina aparece como um novo foco de preocupação, registrando um recorde de 113 mortes em um dia na segunda-feira.

A Guatemala informou nesta terça-feira que o ex-ministro da Saúde Jorge Villavicencio, preso por um caso de corrupção, morreu de COVID-19.

- "Acordo!" -

À medida que o vírus se espalha pelas Américas e começa a afetar com mais força a África, a Europa se prepara para o pós-pandemia.

Líderes europeus de 27 países concordaram nesta terça-feira com um plano bilionário para relançar a economia.

"Acordo!", tuitou o chefe do Conselho Europeu, Charles Michel, mais de 90 horas após o início da cúpula em Bruxelas.

Os líderes concordaram com um fundo sem precedentes equivalente a 840 bilhões de dólares.

É "o momento mais importante desde a criação do euro", disse euforicamente o presidente da França, Emmanuel Macron, na televisão, após o pacto que aliviou a chanceler alemã Angela Merkel diante da "maior crise" enfrentada pela UE em sua história.

O plano vai permitir que os países mais afetados, como Espanha e Itália, atravessem a profunda recessão prevista para 2020 devido à pandemia, que deixou mais de 205.000 mortos na Europa.

As ações europeias fecharam com ligeiras altas em resposta ao acordo. Frankfurt subiu 0,96%, Milão 0,49%, Paris e Madri 0,22% e Londres 0,13%.

- Trump tenta recuperar terreno -

A pouco mais de três meses das eleições presidenciais nos Estados Unidos, o presidente Donald Trump retoma as conferências de imprensa sobre a pandemia, em um momento de aceleração de infecções e mortes em vários estados.

Nos primeiros dias da emergência, Trump atendeu às coletivas quase diariamente. Criticado por sua gestão da crise de saúde e atrás nas pesquisas eleitorais, ele tenta reagir ao descontentamento, em um contexto de grave crise econômica com milhões de desempregados.

Enquanto isso, o Fundo Monetário Internacional disse que a pandemia pode comprometer o progresso feito pelas mulheres nas últimas três décadas para diminuir a desigualdade econômica em relação aos homens.

A crise da saúde que estima uma contração do PIB global de 4,9%, de acordo com a entidade, afeta mais mulheres que homens, pois elas ocupam empregos em setores mais afetados, como serviços.

- Brasil testa vacina -

O Brasil se tornou o primeiro país a iniciar os testes de fase 3 da vacina chinesa Coronavac contra o coronavírus nesta terça-feira, informou à AFP o laboratório Sinovac Biotech.

"Eu fico muito contente de poder participar dessa experiência, a gente está vivendo um momento único e histórico e foi o que me fez querer participar desse projeto", afirmou uma médica, cuja identidade não foi revelada, em vídeo divulgado pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.

A clínica geral de 27 anos foi a primeira de 9.000 médicos e paramédicos voluntários que receberão a vacina nos próximos três meses como parte do acordo entre o laboratório chinês e o instituto de pesquisa brasileiro Butantan.

Estudos publicados na segunda-feira trouxeram esperanças de encontrar uma vacina contra o vírus em breve, devido ao progresso de outros dois ensaios: o da Universidade de Oxford em associação com a AstraZeneca e o de pesquisadores de várias organizações na China, financiados pela CanSino Biologics.

Mas nos Estados Unidos, os laboratórios Pfizer, Merck e Moderna disseram que, se descobrirem a nova vacina contra o coronavírus, não a venderão a preço de custo. Por outro lado, Johnson & Johnson e AstraZeneca concordaram em vender inicialmente suas doses sem lucro.

Diante da incerteza se uma vacina eficaz chegará rapidamente à sua fase final, a tradicional cerimônia do Prêmio Nobel, realizada em dezembro em Estocolmo, foi cancelada pela Fundação Nobel, que informou que a premiação permanece em "novos formatos "e os homenageados provavelmente poderão participar do evento de condecoração.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)