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Estado de Minas

BCE mantém programa anti-crise antes de cúpula europeia


postado em 16/07/2020 09:49

O Banco Central Europeu (BCE) manteve, nesta quinta-feira (16), inalterada sua política monetária anti-crise na zona do euro, na expectativa das decisões dos líderes europeus para enfrentar o impacto econômico do coronavírus.

Para apoiar Estados, bancos e empresas, o BCE confirmou após reunião de sua instância dirigente que continuará a aplicar seu "programa de emergência" de recompra de dívida nos mercados (PEPP), enquanto os efeitos da pandemia persistirem.

Este programa de apoio à economia equivale a 1,3 trilhão de euros e deve durar até junho de 2021.

Sem surpresa, a principal taxa de juros do BCE foi mantida em zero para os refinanciamentos bancários e em -0,50% sobre uma fração dos depósitos no banco central.

O BCE também confirmou que reinvestirá os títulos participantes do PEPP até o vencimento em 2022, uma medida para gerenciar melhor esse estoque de ativos a longo prazo, como já está fazendo no programa "QE" de compras de ativos implementado em 2015.

Este programa foi confirmado a uma taxa de 20 bilhões de euros por mês, aos quais são adicionados 120 bilhões de euros que serão comprometidos em 2020.

Mas durante a última reunião antes das férias, o conselho de governadores do BCE tinha acima de tudo em mente a cúpula de líderes europeus marcada para sexta-feira e sábado para tentar chegar a um acordo sobre um plano de recuperação de 750 bilhões de euros.

Para a presidente do BCE, Cristine Lagarde, este projeto tem o que é preciso para mudar a direção da zona do euro, segundo disse ao Financial Times.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) também pediu, na quarta-feira à noite, aos governos que mantenham os bolsos abertos para ajudar empresas e trabalhadores, apesar do risco de explosão da dívida.

"Nesta fase da crise, o custo de uma retirada prematura das medidas seria maior do que o do apoio contínuo onde é necessário", disse a diretora-gerente, Kristalina Georgieva.

Um pacote de estímulo europeu "eficaz" poderia "aliviar parte da responsabilidade do BCE em relação aos países da zona do euro" em dificuldades, estimou nesta quinta Friedrich Heinemann, economista do instituto alemão ZEW.

No entanto, esse plano desperta relutância de vários países chamados "frugais" do norte da Europa, hostil à ideia de subsidiar os Estados carentes, principalmente Itália, por meio de uma mutualização da dívida.

O BCE decidiu agir diante do colapso do PIB na zona do euro esperado para este ano, de 8,7%, seguido por um crescimento de 5,2% no próximo ano.

Mas a pandemia continua a se espalhar pelo mundo e até na Europa, onde o pior parecia ter passado, crescem os temores de uma segunda onda de contaminação.

Medidas localizadas de reconfinamento foram decididas em vários países, como na Espanha e Portugal. E a Alemanha deve decidir nesta quinta reforçar seu arsenal de medidas diante do risco de uma segunda onda.

Neste contexto, a economia europeia continua parcialmente paralisada. A produção na zona do euro permanece bem abaixo de seus níveis pré-crise, apesar da recuperação do consumo, mantendo a inflação em um nível muito abaixo do que o BCE deseja.

A taxa em ritmo anual subiu levemente a 0,3% em junho, mas permanece longe do nível desejado pelo BCE de quase 2%.

Além disso, o FMI instou na quarta-feira os bancos centrais a continuar no caminho das taxas mínimas.


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