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Estado de Minas

Ex-namorada de Jeffrey Epstein se declara inocente de tráfico sexual de menores


14/07/2020 19:31

A britânica Ghislaine Maxwell, 58, declarou-se inocente, nesta terça-feira, de tráfico sexual de menores para satisfazer os desejos sexuais de seu ex-namorado, o financista já falecido Jeffrey Epstein, e deverá aguardar seu julgamento na prisão.

Ghislaine declarou-se inocente em relação a seis acusações vinculadas a crimes cometidos por Epstein, que se suicidou em agosto passado, numa prisão de Nova York onde aguardava julgamento, após ser acusado de tráfico sexual de menores em julho de 2019.

A acusada compareceu a uma corte federal de Manhattan via videoconferência a partir da prisão de segurança máxima do Brooklyn onde ela está detida desde o último dia 2.

Os promotores acusam Ghislaine, filha do magnata falecido da imprensa britânica Robert Maxwell, de ajudar Epstein a "recrutar, preparar e abusar" de menores de idade entre 1994 e 1997. Ela se tornava amiga das jovens e depois as convencia a fazer massagens eróticas em Epstein, durante as quais havia ato sexual.

Segundo os promotores, Ghislaine às vezes participava dos supostos abusos, ocorridos nas mansões de Epstein em Palm Beach, Manhattan ou Novo México. Se for considerada culpada, ela pode pegar até 35 anos de prisão.

- 'Predadora sexual' -

A juíza federal de Manhattan, Alison Nathan, marcou o início do julgamento para 12 de julho de 2021, depois de rejeitar o pedido da acusada de pagar uma fiança de US$ 5 milhões em troca de ser colocada em prisão domiciliar em Nova York, com um pulseira eletrônica.

"Os riscos são simplesmente altos demais", disse o juiz, que observou "suas importantes conexões estrangeiras", na medida em que também é cidadã da França e da Grã-Bretanha, além dos Estados Unidos, e "seus extraordinários recursos financeiros".

Ela também afirmou que a pandemia de coronavírus "não é um argumento para libertá-la".

O advogado de Maxwell, Mark Cohen, disse que a acusada está detida em isolamento e só pode tomar banho a cada 72 horas.

Maxwell, de camiseta escura e com o cabelo preso, quase não falou na audiência.

A suposta vítima Annie Farmer participou da audiência e classificou Ghislaine como uma "predadora sexual" que estabeleceu um vínculo emocional para abusar dela e de várias outras mulheres.

Em testemunho escrito, outra vítima anônima acusou Maxwell de "manipulação sádica, abuso odioso e desumano".

"Jeffrey Epstein não poderia ter feito o que fez sem ela", escreveu. "Ela o estimulou e o encorajou".


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