Um tribunal da Coreia do Sul rejeitou nesta segunda-feira (6) um pedido de extradição aos Estados Unidos de um homem declarado culpado de administrar um dos maiores sites de pornografia infantil do mundo.
Son Jong-woo, gerente do site sul-coreano "Welcome to Video", vendia seu conteúdo em todo o mundo na 'deep web', através de bitcoins.
Declarado culpado de violar as leis sul-coreanas de proteção de menores, cumpriu uma pena de 18 meses de prisão, que terminou em abril. Continua preso, já que também é acusado nos Estados Unidos e pode enfrentar uma sentença muito maior por lá.
De acordo com o Departamento de Justiça dos EUA, 338 pessoas vinculadas a este site foram presas no ano passado em todo o mundo, especialmente na Coreia do Sul, Estados Unidos, Canadá, Espanha e Brasil.
Alguns de seus clientes foram condenados a 15 anos de prisão nos EUA.
O Supremo Tribunal de Seul justificou sua rejeição ao pedido de extradição argumentando que sua partida para o exterior poderia "dificultar a investigação sul-coreana sobre os conteúdos de caráter sexual", informou a agência de notícias Yonhap.
"A decisão não deve ser interpretada como uma forma de exonerá-lo", acrescentou o tribunal.
No entanto, essa decisão causou alvoroço nas redes sociais do país. "A Coreia do Sul deve ser o único país que põe seus predadores sexuais de crianças em liberdade", reagiu um internauta.
Classificado pelos EUA como o "maior mercado de abuso sexual de menores em termos de quantidade de conteúdos", o site de Son dava acesso a 250.000 vídeos pornográficos infantis mediante pagamento com bitcoins.