"Hoje estamos atualizando a maneira como as notícias se hierarquizam no 'Feed de Notícias' para favorecer que apareçam reportagens autênticas e artigos publicados de forma transparente", disse o Facebook em comunicado.
Quando diferentes postagens sobre as mesmas notícias forem publicadas, o algoritmo identificará a que "cita a fonte da informação com maior frequência" e a colocará no topo.
A plataforma ataca desta forma a propagação de notícias e vídeos que não buscam informar mas sim enganar ou prender os usuários, para fins políticos ou financeiros.
Geralmente apresentados de forma sensacionalista para gerar "visualizações", "clics" e material a ser compartilhado, esses conteúdos podem ter sido criados por 'fazendas de contéudo' e basear-se em relatórios da mídia que investiu recursos para encontrar a informação.
No entanto, o Facebook esclareceu que a escolha do usuário continuará tendo prioridade, pois "a maior parte da informação vem de fontes que as pessoas seguem ou que seus amigos seguem, e isso não mudará".
A rede social não espera que essa medida tenha um forte impacto nos jornais.
"A informação de primeira mão e as postagens bem fundamentadas podem ter um aumento em sua distribuição (...), mas é importante lembrar que o 'News Feed' usa uma ampla variedade de sinais para priorizar o conteúdo".
Boicote
A maior rede social do mundo enfrenta há semanas uma forte pressão por parte da sociedade civil, assim como de alguns de seus funcionários, usuários e clientes para ser mais intransigente no combate aos discursos e conteúdos de ódio e racistas.
Cerca de 200 marcas, entre elas Coca-Cola, Levis, Starbucks e Unilever decidiram boicotar a plataforma. Nesta terça-feira, as marcas alemãs de roupa esportiva Adidas e Puma, assim como a filial norte-americana Reebok, também anunciaram que interromperão suas propagandas no Facebook e Instagram em julho.