A justiça do Irã anunciou nesta terça-feira a condenação à morte de Ruhollah Zam, uma figura importante da oposição que morou na França antes de retornar ao país, por seu envolvimento em protestos contra o governo.
"O tribunal considerou que as 13 acusações equivalem a uma acusação de 'corrupção na terra' e, portanto, decidiu pela sentença de morte", afirmou o porta-voz Gholamhossein Esmaili, citado pelo site do Poder Judiciário.
"Este veredicto pode ser objeto de apelação ante o Tribunal Supremo", acrescentou Esmaili.
O opositor Rouhollah Zam viveu no exílio por vários anos na França e foi detido pela Guarda Revolucionária, o exército ideológico da República Islâmica, em outubro do ano passado.
Porém, nem o o local nem a data dos atos pelos quais ele é acusado são conhecidos, inclusive a de estar sob as ordens da espionagem francesa e do "regime sionista", ou seja, Israel.
Zam, que tinha status de refugiado na França, dirigia um canal na plataforma de mensagens Telegram chamado Amadnews e que, segundo o governo do Ira, estimulou os protestos no país de 2017-2018.
O julgamento de Rouhollah Zam, 41 anos, começou no início do ano "a portas fechadas e sem a presença da imprensa", informou a agência de notícias Fars, ligada aos ultraconservadores.