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Estado de Minas

Botafogo goleia e protesta contra racismo e retomada do Carioca em plena pandemia


postado em 28/06/2020 15:54

O Botafogo fez um duplo protesto neste domingo para mostrar sua oposição ao retorno do futebol no Rio de Janeiro em plena pandemia de Covid-19 e contra o racismo, antes e durante o jogo em que goleou a Cabofriense por 6 a 2.

Antes do início da partida do Campeonato Carioca, os jogadores do Botafogo exibiram uma faixa grande com a inscrição "Protocolo bom é o que respeita vidas", mostrando sua recusa em voltar a jogar.

O time alvinegro usou uma camisa preta com o slogan "Vidas Negras Importam" na parte da frente, com um punho negro além de um coração com a mensagem "Obrigado profissionais na linha de frente contra a COVID-19" na parte de trás, logo acima do número.

Quando o jogo começou, com portões fechados, os jogadores do Botafogo se ajoelharam no gramado do estádio Nilton Santos em homenagem às vítimas da pandemia e do racismo.

O clube carioca foi obrigado a disputar o Campeonato Carioca por decisão do Supremo Tribunal de Justiça do Esporte (STJD).

Tanto Botafogo quanto Fluminense se opuseram à decisão da Federação de Futebol do Rio de Janeiro (Ferj) de retornar à atividade.

- O primeiro na América do Sul -

O Campeonato Carioca se tornou a primeira competição esportiva da América do Sul a retornar às atividades em 18 de junho, com a partida entre Flamengo e Bangu.

Botafogo e Fluminense, cujo primeiro jogo estava marcado para segunda-feira, dia 22, foram aos tribunais para voltar a jogar apenas em julho, embora o STJD tenha marcado o retorno de ambos para este domingo.

O Fluminense se recusou a jogar no Maracanã, em cujo complexo está instalado um hospital de campanha, em solidariedade às vítimas, e também disputará a partida no estádio Nilton Santos.

O Rio de Janeiro é a segunda cidade brasileira mais afetada pela pandemia de Covid-19, superada por pouco por São Paulo. Segundo o último boletim divulgado pela Secretaria Regional de Saúde, o vírus deixou pelo menos 6.366 mortos e 55.286 casos positivos.

Apesar disso, o prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, autorizou a presença do público nos estádios a partir de 10 de julho, liberando que haja um terço da capacidade total em cada local.

O Brasil é o país latino-americano mais afetado pelo coronavírus, com 1.313.667 casos e 57.070 mortes, segundo dados coletados neste domingo pela AFP de fontes oficiais.


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