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Estado de Minas

Carlos Alberto Decotelli é o novo ministro da Educação de Bolsonaro


postado em 25/06/2020 20:31

O presidente Jair Bolsonaro, criticado pela falta de diversidade em seu governo, incluiu nesta quinta-feira (25) pela primeira vez um ministro negro em seu gabinete, ao nomear Carlos Alberto Decotelli para comandar a pasta da Educação.

A nomeação de Decotelli, economista e professor universitário de 70 anos, foi anunciada pelo próprio Bolsonaro em sua conta no Twitter, onde publicou uma foto dos dois sorridentes.

Decotelli é o terceiro ministro da Educação de Bolsonaro e substitui Abraham Weintraub, que renunciou ao cargo há uma semana em meio a uma série de polêmicas.

Bolsonarista fervoroso, Weintraub chegou a publicar no Twitter declarações de cunho racista a respeito dos chineses, relativizou as atrocidades cometidas pelos nazistas e qualificou de "vagabundos" os juízes do Supremo Tribunal Federal, afirmando que deveriam ser presos.

Decotelli, que se disse surpreso com a sua nomeação, tem um perfil mais moderado. Em entrevista à CNN Brasil, pouco depois do anúncio de sua nomeação, prometeu "muito diálogo e construção de projetos a serem entregues para a educação".

"Tive o prazer de trabalhar com o Decotelli. Desejo muita sorte e sucesso ao novo ministro", escreveu Weintraub no Twitter.

Oficial da reserva da Marinha, Decotelli já ocupou um cargo alto na administração Bolsonaro como presidente do Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação, entre fevereiro e agosto de 2019.

Desde que Bolsonaro assumiu o poder, em janeiro de 2019, uma dezena de ministros foram exonerados ou renunciaram em meio a polêmicas ou por incompatibilidades com o presidente. Entre eles, dois ministros da Saúde em plena pandemia da COVID-19.

Além da baixa diversidade racial, o gabinete, composto por 23 ministros, tem apenas duas mulheres. Decotelli também engrossa as fileiras de ministros militares, que com ele somam 11.

No Brasil, 54% da população é negra, mas as desigualdades raciais persistem no país, que foi o último a abolir a escravidão, em 1888. Antes de sua eleição, Bolsonaro chegou a fazer comentários racistas.

Nas últimas semanas, militantes antirracistas se somaram a uma série de manifestações contra Bolsonaro, como sequência à mobilização mundial após o assassinato do afro-americano George Floyd por um policial branco nos Estados Unidos.


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