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Estado de Minas

FMI aponta panorama econômico sombrio por pandemia, que se aproxima de 10 milhões de casos


postado em 24/06/2020 15:49

A pandemia de coronavírus pode chegar a 10 milhões de casos na próxima semana, sem que o continente americano tenha atingido o pico de contágios, alertou a Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta quarta-feira, depois que o FMI projetou que a recessão induzida o vírus será mais profunda do que o esperado.

O chefe da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, informou em uma entrevista coletiva virtual que espera que 10 milhões de casos sejam alcançados na próxima semana.

Em um momento em que o número de contágios ainda está em ascensão nos Estados Unidos e na América Latina, o diretor de emergências em saúde da OMS, Micheal Ryan, alertou que "infelizmente a pandemia não atingiu seu pico em muitos países do continente americano".

"A epidemia no continente americano é muito intensa, principalmente na América Central e do Sul", disse Ryan.

"Temos constatado uma tendência contínua e preocupante, com muitos países experimentando aumentos de 25% para 50% (dos casos) na semana passada", acrescentou.

Na quarta-feira, o Fundo Monetário Internacional previu que a pandemia gerará uma contração global da economia de 4,9% e alertou que a magnitude e a duração do crise ainda são desconhecidas.

"Agora projetamos uma recessão mais profunda em 2020 e uma recuperação mais lenta em 2021", disse a economista-chefe do FMI, Gita Gopinath.

A América Latina e o Caribe, principal foco de coronavírus com 100.399 mortes e quase 2,2 milhões de infectados, sofrerão um desastre econômico com uma contração de 9,4% no PIB.

O Brasil, o segundo país com os casos mais óbitos por COVID-19 no mundo, depois dos Estados Unidos, com 52.645 mortes, sofrerá uma queda no PIB de 9,1%. Os povos indígenas foram particularmente atingidos, com 7.700 infectados e quase 350 mortos.

Para a Argentina, em recessão desde 2018 e que acumula quase 45.000 casos confirmados e 1.049 mortes, o FMI alertou que o país sofrerá uma contração econômica de 9,9%.

Diante da crise, o governo espanhol convocou uma reunião virtual na qual nove presidentes e altos executivos latino-americanos do FMI, do Banco Mundial e do BID participarão para articular um mecanismo "inovador" para responder à pandemia.

- Quarentena na chegada a Nova York -

Em um momento em que novos surtos estão surgindo na China, na Índia, no Irã ou em alguns países europeus, como a Alemanha, os Estados Unidos ainda sofrem a primeira onda, com 121.225 casos fatais e um aumento de casos em mais da metade dos estados.

Nesta quarta-feira, os governadores dos estados de Nova York, Nova Jersey e Connecticut, que sofreram um surto intenso no início da pandemia, emitiram uma circular exigindo que os viajantes das áreas dos Estados Unidos mais afetadas pela pandemia realizem uma quarentena de 14 dias.

"As próximas duas semanas serão cruciais" para responder aos surtos "preocupantes" do coronavírus em cerca de vinte estados, alertou terça-feira Anthony Fauci, imunologista-chefe da Casa Branca.

A pandemia matou 477.570 pessoas em todo o mundo e causou 9,3 milhões de infecções, segundo um balanço da AFP baseado em fontes oficiais. O número de mortos dobrou em menos de dois meses.

- "Ainda não estamos fora de perigo" -

Na Europa, que continua sendo o continente mais atingido, com 194.000 mortes, a Alemanha novamente confinou mais de 600.000 habitantes das regiões de Gütersloh e Warendorf na terça-feira, após o foco no maior matadouro da Europa, onde mais de 1.550 pessoas contraíram o vírus.

Na Espanha, a Catalunha reverteu sua decisão de reabrir discotecas. O governo desta região só permite a dança entre conhecidos em restaurantes e hotéis.

Na China, país onde a pandemia se originou em dezembro, o surto de novos casos registrados em Pequim no início de junho, que causou 256 infecções, está "sob controle", segundo as autoridades.

As ramificações da crise afetaram fortemente o mundo dos esportes e nesta quarta-feira as maratonas de Berlim e Nova York foram suspensas.

Enquanto a corrida para encontrar uma vacina para o COVID-19 continua, o fim da crise permanece incerto. A economista-chefe do FMI, Gita Gopinath, alertou: "Ainda não estamos fora de perigo".


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