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Estado de Minas

Liga Árabe pede retirada de forças estrangeiras da Líbia


postado em 23/06/2020 22:37

A Liga Árabe pediu nesta terça-feira (23) a retirada de todas as forças estrangeiras da Líbia e pediu negociações para acabar com o conflito naquele país do norte da África.

A reunião por vídeo, realizada a pedido do Egito, acontece em meio a uma disputa de poder entre o Governo da União Nacional (GNA), reconhecido pela ONU, e as forças leais ao marechal Khalifa Haftar, um homem forte da região leste do país.

Representantes de 21 países árabes, incluindo o GNA, que inicialmente se opuseram à reunião, participaram da videoconferência.

A resolução de 14 pontos apresentada pela Liga Árabe expressa "rejeição de todas as intervenções ilegais por estrangeiros" na Líbia e pede "a retirada de todas as forças estrangeiras nos territórios da Líbia e em suas águas regionais".

O representante da Líbia Saleh al Shamakhi expressou reservas sobre o pedido da Liga Árabe, dizendo que as forças estrangeiras que apoiam o GNA ajudaram a reverter a "agressão" das forças de Haftar.

Desde abril de 2019, a Haftar tenta, sem sucesso, controlar a capital com o apoio do vizinho Egito, também da Rússia e dos Emirados Árabes Unidos.

O GNA, apoiado pela Turquia, alcançou recentemente grandes vitórias militares contra as forças do marechal.

O Egito, por sua vez, alertou que qualquer avanço das forças apoiadas pela Turquia sobre a cidade líbia de Sirte poderia levar à intervenção militar do Cairo.

O GNA denunciou essas ameaças como uma "declaração de guerra".

No início deste mês, o Egito propôs uma iniciativa de paz pedindo um cessar-fogo, a retirada de mercenários e a dissolução de milícias na Líbia. A proposta foi rejeitada pelo GNA e pela Turquia.

Nesta terça, a Liga Árabe recebeu a proposta do Egito e instou as facções da Líbia a "se envolverem positivamente" com essas iniciativas.

Shamakhi também expressou reservas em relação à proposta, dizendo que o GNA não foi convidado a fazer parte da iniciativa egípcia.

Ele acrescentou que "quem quer mediar (...) não deve ficar do lado de uma das partes em relação à outra".

A Líbia, um país rico em campos de petróleo, está em caos e violência desde a morte em 2011 do ditador Muammar Gaddafi, durante uma revolta popular apoiada pelos países ocidentais.


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