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Estado de Minas

Aumenta pressão por adiamento de comício de Trump em Oklahoma


postado em 15/06/2020 22:31

O presidente dos EUA, Donald Trump, desafiou nesta segunda-feira (15) as pressões contra a realização de um comício eleitoral esta semana, em Tulsa, Oklahoma, depois dos pedidos de adiamento de um alto funcionário de saúde e um jornal local devido à pandemia de COVID-19.

Trump disse que quer inclusive triplicar o número de presentes no evento para 60.000 pessoas.

"Temos uma arena com 22.000 assentos, mas acho que vamos ocupar o salão de convenções ao lado e este vai abrigar 40.000", disse a jornalistas na Casa Branca.

"Esta é a hora errada", diz o editorial do jornal "Tulsa World" sobre o comício, que marca o retorno de Trump à campanha antes das eleições de novembro.

"Não sabemos por que ele escolheu Tulsa, mas não vemos como essa visita seja boa, de alguma forma, para a cidade", acrescenta o jornal.

Em 1921, Tulsa foi palco de um dos piores massacres raciais da história americana.

Inicialmente, o evento estava marcado para 19 de junho, o dia conhecido como "Juneteenth", que comemora o fim da escravidão nos Estados Unidos.

Diante da enxurrada de críticas, o presidente adiou o comício para o dia seguinte, 20, "por respeito" ao feriado e no momento em que o país é varrido pro protestos contra o racismo após a morte do afro-americano George Floyd por um policial branco.

O jornal indicou que o coronavírus continua a se expandir e que ainda não há vacina, portanto, "será nosso sistema de saúde que terá de lidar com quaisquer efeitos" que o comício venha a acarretar.

Hoje, no Twitter, Trump disse que "quase um milhão de pessoas pedem ingressos para participar" do evento de Tulsa, localidade de menos de meio milhão de habitantes.

Ele também descartou as preocupações de saúde no estado, que registrou um aumento acentuado nos casos do COVID-19 nos últimos dias, e disse a jornalistas que ele já havia previsto que haveria "pontos críticos".

"Vamos enfrentar os pontos críticos", afirmou.

O diretor do Departamento de Saúde de Tulsa, Bruce Dart, pediu, no domingo, o adiamento de evento, devido aos riscos de expansão do coronavírus.

"Estou preocupado com nossa capacidade de proteger qualquer pessoa que participe de um grande evento em ambientes fechados e também com nossa capacidade de garantir a segurança do presidente", declarou Dart ao "Tulsa World".

Ele acrescentou que "é uma honra para Tulsa que um presidente em exercício queira visitar nossa comunidade, mas não durante uma pandemia".

"Eu gostaria que fosse adiado para um momento em que o vírus não seja tão preocupante quanto hoje", insistiu o diretor do Departamento de Saúde de Tulsa.

Trump minimizou os riscos do coronavírus em seu esforço para revitalizar a economia dos Estados Unidos - o país mais afetado pela pandemia no mundo, com mais de 115.000 mortes -, antes das eleições de novembro.

Os apoiadores de Trump que participarão do evento devem apresentar uma declaração que proteja os organizadores da responsabilidade pela possibilidade de contrair o vírus.


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