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Estado de Minas

Anistia critica regime do Egito após suicídio de ativista LGTB


postado em 15/06/2020 19:54

A militante egípcia LGBT Sara Hegazy, que cometeu suicídio no Canadá, onde vivia no exílio, foi "oprimida" pelo poder no Cairo, informou a Anistia Internacional nesta segunda-feira.

Sara Hegazy "teve uma experiência difícil na prisão em 2017", tuitou a ONG, lamentando a "opressão" que a ativista teve de suportar "devido às suas opiniões políticas e ativismo a favor do LGBT", sigla do coletivo de lésbica, gays, bissexuais e transexuais.

Na mesma mensagem, a Anistia Internacional citou as últimas palavras da jovem: "A experiência foi difícil e sou mais fraca do que deveria ser para resistir. Perdoe-me".

Sara Hegazy foi detida no Cairo depois de exibir uma bandeira do arco-íris, um símbolo da comunidade LGBT, em um show do grupo libanês Mashrou Leila em outubro de 2017, cujo cantor Ahmed Sinno também é membro da causa gay.

Hegazy passou três meses na prisão e, segundo inúmeros comentários de ativistas LGBT nas redes sociais desde domingo, foi torturada e agredida sexualmente durante sua detenção.

Ela foi libertada da prisão sob fiança em janeiro de 2018, após uma campanha na Internet para pedir sua libertação.

Nesse mesmo ano, ela foi para o exílio no Canadá.

Segundo os ativistas, sua mãe morreu durante o exílio e a jovem não pôde retornar ao Egito para o enterro.

"Ela se suicidou", confirmou seu advogado Amro Mohamed à AFP, sem dar mais detalhes.

Desde domingo, as reações de indignação se multiplicaram nas redes sociais, onde os usuários espalham bandeiras do arco-íris em memória de Hegazy.

"O regime egípcio aprisionou e torturou Sara Hegazy por esta foto", escreveu a ativista feminista Mona Eltahawy no domingo, ao lado da foto de Hegazy com a bandeira colorida no show de Mashrou Leila.


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