O Pentágono anunciou nesta quinta-feira que retomou sua ajuda militar à Ucrânia, programa que esteve no centro do escândalo que provocou um processo de destituição contra o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
A verba, que será de US$ 250 milhões, destina-se à formação, entrega de material e assessoria das forças ucranianas, para permitir àquela antiga república soviética "se defender melhor da agressão russa", informou o Departamento de Defesa dos Estados Unidos em comunicado.
"Esta cooperação em matéria de segurança é possível graças aos avanços contínuos da Ucrânia na aprovação de reformas constitucionais fundamentais em questões de defesa e de normas contra a corrupção", assinala o texto.
União Europeia e Otan apoiam a Ucrânia desde 2014, após o início de um conflito entre Kiev e o leste separatista daquele país, apoiado pela Rússia, que, naquele mesmo ano, anexou a península da Crimeia. Mas estes parceiros da Ucrânia pedem ao país que acelere as reformas políticas e economicas, que consideram indispensáveis.
Congressistas democratas acusaram Trump de abuso de poder por ter suspendido, no ano passado, uma ajuda militar de cerca de 400 milhões de dólares para tentar obrigar a Ucrânia a "manchar" seu então possível adversário democrata nas eleições presidenciais, Joe Biden. Em fevereiro, o Senado, de maioria republicana, absolveu Trump da acusação, encerrando o processo de destituição do presidente.