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Estado de Minas #VIDASNEGRASIMPORTAM

Exército dos EUA considera mudar nome de bases em homenagem a escravocratas

A decisão está ligada à crescente pressão para livrar o país dos monumentos associados à repressão aos afro-americanos


postado em 09/06/2020 18:07 / atualizado em 09/06/2020 18:49

 

A estátua de Robert Lee pode ser retirada (foto: Wikipédia )
A estátua de Robert Lee pode ser retirada (foto: Wikipédia )

Uma dezena de bases do Exército dos Estados Unidos em homenagem a generais que lutaram com o sul da escravidão durante a Guerra Civil pode ser renomeada, devido à crescente pressão para livrar o país dos monumentos associados à repressão aos afro-americanos.


O Pentágono informou, nesta terça-feira (9), que o secretário de Defesa Mark Esper e o secretário do Exército Ryan McCarthy consideram a ideia, em um momento em que o país experimenta a terceira semana de protestos contra os maus tratos a afro-americanos desencadeados pela morte de George Floyd nas mãos de um policial de Minneapolis.


A pressão recai sobre 10 bases que levam os nomes dos generais do sul, o lado que perdeu a Guerra Civil (1861-1865) e que buscava preservar a escravidão.


As dezenas de bases estão no sul do país e incluem Fort Bragg, na Carolina do Norte; Ford Hood no Texas e Fort Benning na Geórgia, estabelecimentos onde os recrutas são treinados.


Esper e McCarthy "estão abertos à discussão bipartidária", afirmou o Pentágono, exigindo um consenso no Congresso entre democratas, que clamam pela retirada desses nomes, e republicanos relutantes.


É improvável que a decisão seja tomada antes da eleição presidencial de novembro.


"A ironia do treinamento em bases nomeadas para aqueles que pegaram em armas contra os Estados Unidos e o direito de escravizar outro é inevitável para quem presta atenção", escreveu o proeminente general aposentado David Petraeus no The Atlantic."Agora, tardiamente, é hora de prestar muita atenção", acrescentou.


A questão ganhou visibilidade em 2017, depois que nacionalistas brancos e neonazistas se mobilizaram em Charlottesville, Virgínia, para desafiar uma campanha que visava derrubar uma estátua de Robert Lee, o general que liderou as forças confederadas do sul na Guerra Civil.


A imobilidade desses monumentos pode, entretanto, chegar ao fim. O governador da Virgínia, Ralph Northam, anunciou na quinta-feira que uma estátua de Lee em Richmond, capital da Confederação, seria removida.


Na segunda-feira, um juiz bloqueou temporariamente a remoção da estátua, devido a uma ação movida por um morador da Virgínia que defende a manutenção do monumento.


Em outras cidades do sul, os manifestantes demoliram alguns monumentos antigos da Confederação como um símbolo de opressão e escravidão.


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