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Estado de Minas

'Foi muito estressante', dizem tripulantes de cruzeiro ao chegar ao Panamá


postado em 28/05/2020 22:25

Com boné, máscara e luvas, o panamenho Julio Aguilar arrasta duas malas pela escada de um navio de cruzeiro ao chegar cansado a um porto da cidade caribenha de Colón, no norte do Panamá.

Em terra, ele entra numa fila enquanto as autoridades verificam seus documentos de imigração e medem sua temperatura no píer número seis do porto em Colón.

Aos 57 anos, a nova pandemia de coronavírus o surpreendeu em alto mar, enquanto trabalhava no restaurante de um navio de cruzeiro da empresa britânica americana Carnival.

"Estou no navio há cerca de 70 dias, por acaso trocamos de navio três vezes tentando chegar ao Panamá. No começo, foi muito estressante, porque não tínhamos uma data fixa para retornar ao nosso país", disse Aguilar à AFP.

No entanto, agora ele está "feliz" porque está "mais próximo" de sua família e amigos", mas foi difícil chegar aqui", acrescentou.

Aguilar faz parte de um grupo de 25 panamenhos que chegaram ao Panamá nesta quinta-feira, repatriados depois de ficarem presos por meses em diferentes navios nos quais trabalham.

"Foi uma experiência única, como tudo isso. Houve momentos de incerteza, ansiedade (por) não saber quando voltaria para casa, mas não tenho queixas", disse à AFP o cadete Miguel José Samaniego, 23 anos.

"Estamos sem trabalhar desde 17 de março. Basicamente, eles tiravam nossa temperatura todos os dias, nos separavam, tínhamos refeições e internet grátis, mas isso não compensa estar em casa, a verdade", disse Rosa Chinojara, que trabalha na cozinha desses gigantes do mar.

Para a engenheira de máquinas, Katherine Pérez, durante essas semanas houve "um pouco de ansiedade, preocupação e muito estresse, porque estávamos tentando retornar ao país e, dadas as circunstâncias, isso demorou um pouco", afirmou.

Na embarcação que os trouxe para casa há outros 600 tripulantes de vários navios da empresa Carnival, que serão repatriados para a América Central e o Caribe.

"Eles vêm de uma quarentena praticamente total desde que a pandemia começou a bordo do navio ou de outros navios da empresa. Esclarecemos que eles são completamente saudáveis e livres da COVID-19", disse Juan Maltez, CEO da Autoridade Marítima do Panamá.


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