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Estado de Minas

EUA envia militares para combater narcotráfico na Colômbia


postado em 27/05/2020 20:43

Os Estados Unidos enviaram à Colômbia uma brigada de unidades especiais contra o narcotráfico, em apoio a uma operação anunciada por Washington em abril e que visa o governo de Nicolás Maduro na Venezuela, informaram fontes oficiais nesta quarta-feira (27).

O contingente de Assistência às Forças de Segurança (SFAB), "formado para aconselhar e auxiliar operações em nações aliadas", começará sua missão "no início de junho e durará vários meses", informaram a embaixada americana e o Ministério da Defesa em uma declaração conjunta.

As fontes não especificaram quantas pessoas fazem parte do dispositivo, que pela primeira vez operará com um país latino-americano.

"A missão da SFAB na Colômbia é uma oportunidade de mostrar nosso compromisso mútuo contra o narcotráfico e apoiar a paz regional, o respeito à soberania e a promessa duradoura de defender ideais e valores compartilhados", disse o almirante Craig Faller, comandante em chefe do Comando Sul dos Estados Unidos, citado no boletim.

A missão apoiará a operação antidrogas do Caribe anunciada em abril pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, segundo o comunicado.

A ofensiva, de acordo com Washington, tem como objetivo o "regime corrupto" de Maduro na Venezuela e é apoiada pela Colômbia e outras 25 nações americanas e europeias.

- "Zonas futuro" -

Trump lançou a campanha por conta da suposta colaboração de Maduro com traficantes de drogas colombianos para enviar centenas de toneladas de cocaína e outras drogas por via aérea e marítima aos Estados Unidos.

Maduro, que permanece no poder com o apoio das forças armadas, além de China, Rússia e Cuba, considera "uma escalada" contra seu país em meio a uma "crise humanitária" devido à pandemia da COVID-19.

Ele também acusa a Colômbia e os Estados Unidos de promoverem uma intervenção militar na Venezuela, uma opção evocada no passado por Washington.

O presidente colombiano Iván Duque apoia a pressão de Trump para remover o governante venezuelano do poder e, ao lado de cinquenta outras nações, reconhece o opositor Juan Guaidó como presidente interino da Venezuela.

No âmbito do cerco diplomático, a força especial dos Estados Unidos "concentrará seus esforços principalmente" nas chamadas zonas do futuro, como são conhecidos alguns territórios priorizados pelo governo colombiano para fortalecer a segurança na presença de plantações de drogas e o assassinato de defensores dos direitos humano, entre outros crimes.

As zonas do futuro cobrem 2,4% do território colombiano, e algumas estão localizadas em áreas de fronteira, como o Pacífico Nariño, um dos principais pontos de saída de drogas para os Estados Unidos, e Catatumbo e Arauca, que estão no limite com a Venezuela.

Também incluem parques nacionais naturais no segundo país com maior biodiversidade do mundo, como Chiribiquete, a maior área protegida da Amazônia colombiana e considerada Patrimônio Mundial pela Unesco.

A Colômbia é o principal produtor mundial de cocaína e os Estados Unidos o maior consumidor.


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