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Estado de Minas

Mundo se mobiliza para ajudar migrantes venezuelanos em meio à pandemia


postado em 26/05/2020 12:19

A comunidade internacional arrecadará nesta terça-feira (26) fundos para atender as necessidades de cinco milhões de venezuelanos que abandonaram seu país e suas comunidades de acolhida, enfrentando uma maior pressão econômica pelo coronavírus.

A pandemia, que atinge com força a América Latina e o Caribe, com mais de 40.000 mortos, "trouxe novamente à mesa a urgência de agir", disse à AFP o chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Josep Borrell.

A partir das 14H00 GMT (11h00 Brasília), os cerca de 60 participantes, entre países, organizações e instituições financeiras, anunciarão sua resposta econômica durante a conferência organizada pela UE e Espanha.

"O impacto da pandemia atingiu gravemente países de acolhimento", destacou em um comunicado a chancelaria do Equador, pedindo mais recursos internacionais "para enfrentar a crise migratória e de refugiados".

A plataforma regional liderada pelas agências da ONU para os Refugiados (Acnur) e para as Migrações (OIM) estima em cerca de US$ 1,41 bilhões a ajuda necessária em 2020 para atender a crise.

Do total, dos quais cerca de US$ 90 milhões já haviam sido levantados antes da conferência, quase US$ 430 milhões seriam destinados a ações de saúde relacionadas ao combate ao coronavírus.

A Venezuela vive uma grave crise socioeconômica, institucional e política desde 2015. Desde então, pouco mais de 5 milhões de pessoas abandonaram o país, em sua maioria para países vizinhos, segundo dados da ONU.

O desemprego gerado pelas medidas para conter a pandemia e o temor de ser alvo de discriminação fizeram com que centenas de migrantes decidissem voltar ao seu país, apesar das restrições na fronteira.

Jutta Urpilainen, comissária europeia da Associação Internacional, pediu em declaração ao jornal El País o apoio aos países de acolhida de migrantes "para que seus cidadãos não sintam que estão lhes tirando nada".

A "atual migração de venezuelanos que entram e saem", juntamente com o "êxodo em massa", "agrava o risco de o vírus se espalhar para além da Venezuela", alertou a ONG Human Rights Watch e a universidade Johns Hopkins

- "Estratégia de distração" -

O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, Filippo Grandi, explicou ao canal Euronews que 80% dos venezuelanos dependem do dinheiro que ganham diariamente ou da economia informal, muito afetada pela pandemia.

Acnur e a OIM estimam que a Colômbia precisará, por exemplo, de US$ 782 milhões em 2020 para os migrantes e comunidades de acolhimento, mais do que o Equador (208 milhões), Peru (149), Brasil (88) e Chile (35 milhões).

Os ministros destes países, que hospedam quase três quartos dos venezuelanos deslocados, farão um discurso no início da conferência, onde participarão Estados Unidos, Japão e países europeus, entre outros.


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