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Estado de Minas

Fabricação de máscaras preocupa fabricantes de fraldas na China


postado em 26/05/2020 10:25

Na China, a corrida para fabricar máscaras em meio à pandemia de COVID-19 fez disparar o preço das matérias-primas e penaliza o setor de produtos de higiene, em particular de fraldas para bebês.

O novo coronavírus foi detectado no final de 2019 na cidade de Wuhan, no centro da China.

Como resultado, o país empreendeu um grande esforço para produzir máscaras suficientes para o pessoal médico e proteger sua população de 1,4 bilhão de habitantes.

Fabricantes de automóveis, de eletrônicos e do setor têxtil foram chamados ao resgate e transformaram às pressas suas linhas de produção.

À medida que a China passou a produz mais máscaras, porém, esse mercado se tornou muito lucrativo, e o preço das matérias-primas disparou - especialmente os materiais para a filtragem de máscaras.

O aumento dos preços desse material, presente em muitos produtos de higiene, ameaça diretamente a sobrevivência dos produtores de fraldas, absorventes higiênicos e lenços umedecidos.

"Temos a capacidade de produção, mas os custos são (agora) extremamente altos", explica Huang Tenglong, cuja empresa de fraldas está sediada na província de Fujian.

"Em janeiro, a matéria-prima custava cerca de 13.000 iuanes por tonelada (1.818 dólares). Mas o preço subiu para 140.000 ou 150.000 iunes (em torno de 19.600 dólares) no mês passado", quando a demanda por máscaras explodiu no exterior, relata Huang.

E a situação não deve melhorar tão cedo, pois a pandemia continua causando estragos no planeta, onde mais de 344.000 mortes já foram registradas.

Para sua fabricação, uma fralda precisa de mais material do que uma máscara. Como resultado, "muitos pequenos produtores não podem suportar financeiramente os custos crescentes", especialmente aqueles que fabricam absorventes higiênicos, disse à AFP Lin Yanting, diretor de outra fábrica de fraldas, a Daddybaby.

Segundo a imprensa chinesa, cerca de 19.000 empresas chinesas passaram a produzir, ou a comercializar, máscaras após a quarentena da cidade de Wuhan e de sua região no final de janeiro.

Alguns produtores estão pensando em comprar matérias-primas no exterior, na esperança de reduzir custos.

Essa foi a opção considera por Shen Shengyuan, vice-diretor da New Yifa Group, outra fabricante de fraldas na província de Guangdong. Mas os problemas de transporte afetam a logística e prolongam o tempo de envio.

Huang Tenglong, que emprega cerca de 400 pessoas, reduziu pela metade a produção de fraldas e de lenços umedecidos e aumentou seus preços em 20%. Também reforçou sua linha de produtos.

"Espero que a pandemia termine em breve", suspira.

Porque, no final, "corremos o risco de perder nossa principal atividade" (produtos de higiene), resume o empresário, que reconhece, no entanto, "estar produzindo mais equipamentos de proteção".


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