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Estado de Minas COVID-19

Hidroxicloroquina: efeitos colaterais em mais de 500 pacientes no mundo

Problemas cardíacos atribuídos ao medicamento defendido pelo presidente Jair Bolsonaro estão entre os riscos em pacientes ao tratamento da doença


postado em 15/05/2020 18:18 / atualizado em 15/05/2020 18:57

A hidroxicloroquina, um derivado da cloroquina, remédio contra a malária, é conhecida por provocar em alguns pacientes anomalias elétricas(foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)
A hidroxicloroquina, um derivado da cloroquina, remédio contra a malária, é conhecida por provocar em alguns pacientes anomalias elétricas (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)

Relatos de efeitos indesejáveis de formas de tratamento da Covid-19 atingem mais de 500 casos, de acordo com a Agência Francesa de Segurança Sanitária dos Produtos de Saúde (ANSM), incluindo problemas cardíacos atribuídos à hidroxicloroquina.

 

 


Segundo a agência, sua equivalente na Espanha, a AEMPS, deu conta de seis casos de problemas neuropsiquiátricos em pacientes que usaram hidroxicloroquina, entre eles três suicídios e uma tentativa de suicídio.


Os problemas neuropsiquiátricos apareceram principalmente nos primeiros dias de tratamento, com doses elevadas, inclusive em pacientes sem antecedentes psiquiátricos.


A ANSM assinala que já se conhecia o risco de problemas psiquiátricos provocados pela hidroxicloroquina e cloroquina, que poderiam se agravar no contexto da pandemia e do confinamento. Neste sentido, há uma avaliação em andamento em nível europeu.


A ANSM indica que "o número de casos de efeitos cardíacos indesejáveis em tratamentos com hidroxicloroquina administrada sozinha ou associada a outros remédios teve um aumento menos importante do que nas semanas anteriores".


A hidroxicloroquina, um derivado da cloroquina, remédio contra a malária, é conhecida por provocar em alguns pacientes anomalias elétricas do funcionamento cardíaco, visíveis por meio de eletrocardiograma, que podem provocar arritmia e até a morte.


"Parece que os pacidentes com Covid-19 são mais frágeis em nível cardiovascular e, em consequência, mais suscetíveis do que outras pessoas de apresentar problemas com remédios que são nocivos ao coração", como a hidroxicloroquina, explicou em abril à AFP o diretor-geral da ANSM, Dominique Martin.


Levando em conta esta risco, a agência sanitária francesa lembrou que, se estes medicamentos forem usados contra a Covid-19, isto tem que acontecer dentro dos testes clínicos em andamento.


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