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Estado de Minas

Eurocâmara pede plano de reconstrução de 2 trilhões de euros


postado em 15/05/2020 17:06

Os eurodeputados pediram nesta sexta-feira um plano de reconstrução de dois trilhões de euros para tirar a economia europeia da recessão esperada em 2020 causada pela nova pandemia de coronavírus, dias após a apresentação da proposta da Comissão Europeia.

Em uma resolução adotada por 505 votos a favor, 119 contra e 69 abstenções, o Parlamento Europeu pede "para participar na configuração, adoção e aplicação do fundo de recuperação (...) para garantir a prestação de contas democrática".

"As ações realizadas na reconstrução após a [crise] do COVID-19 devem corresponder às expectativas de nossos cidadãos e empresas", afirmou o presidente do Parlamento Europeu, David Sassoli, em entrevista coletiva.

Os eurodeputados estimam que este fundo chegue a dois trilhões de euros, financiado "através da emissão de títulos de longo prazo" e concedido "por meio de empréstimos e, acima de tudo, doações, pagamentos diretos para investimentos e capital".

Para financiar os juros da dívida, o Parlamento Europeu propõe a utilização dos recursos próprios da UE, expandindo-os para impostos sobre transações corporativas, digitais e financeiras; à receita com direitos de emissão, entre outros.

A apresentação deste plano, cujo objetivo é mobilizar entre 1 trilhão e 1,5 trilhão de euros que seria adicionado a um primeiro pacote de medidas dos 540 bilhões já adotado, estava prevista para 6 de maio, mas a Comissão Europeia decidiu adiá-lo para o dia 27.

Sassoli anunciou que a chefe da Comissão, Ursula von der Leyen, apresentará nesse dia à Câmara o plano de reconstrução, que será vinculado ao futuro Quadro Financeiro Plurianual da UE (QFP) 2021-2027, do qual Bruxelas apresentará uma nova proposta.

O Parlamento Europeu alertou, no entanto, contra qualquer corte no orçamento plurianual, que financia políticas como agricultura e coesão.

Os eurodeputados advertem que não aprovarão o QFP, cuja proposta final vem dos países da UE, "sem um acordo sobre a reforma do sistema de recursos próprios da União", que também procura evitar um aumento das contribuições nacionais para esse orçamento.

"Teremos a última palavra no Quadro Financeiro Plurianual e exerceremos todas as nossas prerrogativas", disse Sassoli.


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