
A situação de Seul mudou no domingo, 10/5, com o registro de 26 novos casos de coronavírus com transmissão local, 17 deles ligados a frequentadores de casas noturnas no bairro de entretenimento Itaewon, segundo o Centro para o Controle e a Prevenção de Doenças da Coreia do Sul. No domingo também foram registrados 12 casos provenientes do exterior, os casos são o maior aumento diário em um mês. Os novos casos estão relacionados a um homem, de 29 anos, com COVID-19, que frequentou de três a cinco boates no final de semana, antes de ter o diagnóstico positivo para coronavírus.
Samantha explica que o governo sul-coreano agora tenta mapear quais foram as pessoas que frequentaram o bairro Itaewon no fim de semana: “Nessa segunda onda de contaminação, o governo tem corrido atrás, mandando mensagem e ligando para as pessoas que estiveram nas regiões contaminadas para que façam o teste”. A brasileira conta que apesar de não ter ido ao bairro, esteve em contato direto com pessoas que o frequentaram e por isso, foi conduzida a um centro de saúde para fazer o teste de COVID-19 de forma gratuita. A Coreia do Sul aplicou 5 mil testes em 24 horas.

Sucesso sul-coreano
A estratégia adotada pela Coreia do Sul foi a de testar em massa a população, inclusive aqueles que não apresentavam sintomas de coronavírus, além do monitoramento daquelas pessoas com diagnóstico positivo. Quando a pessoa recebia o diagnóstico afirmativo de COVID-19 ela era isolada e o governo sul-coreano monitorava todos com quem ela tivesse tido contato para que pudessem ser testados e isolados. A tática rendeu à Coreia do Sul uma baixa taxa de letalidade da doença além de tempo para poder preparar o sistema de saúde local. O desempenho do país asiático no controle do novo coronavírus foi usado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como um bom exemplo.
(*Estagiária sob supervisão do subeditor Fred Bottrel)
