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Estado de Minas

Europa se prepara para desconfinamento, mas medo de novo surto persiste


postado em 10/05/2020 16:31

Vários países europeus, como França e Espanha, viveram neste domingo(10) seu último dia de confinamento, entre a alegria e o medo de um novo pico da disseminação do coronavírus, que já deixou mais de 280.000 mortos no mundo, 10.000 deles no Brasil, o foco principal na América Latina.

Quase cinco meses após sua erupção na China no final de 2019, a pandemia que levou ao confinamento mais da metade da humanidade e paralisou a economia mundial parece estar sob controle em vários países, embora em plena expansão em outros, em particular, na América.

Mas o fantasma de um novo surto, e talvez até de um terceiro, mencionado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), ronda todos os lugares.

A Coreia do Sul foi considerada um modelo no gerenciamento da crise. Depois de conter a propagação do vírus e diminuir as restrições, a Prefeitura de Seul foi forçada no sábado a fechar todos os bares e clubes diante de um novo e evidente aumento de casos COVID-19.

Na China, o primeiro caso em um mês foi registrado na cidade de Wuhan, berço da SARS-CoV-2.

- Por regiões -

O presidente sul-coreano Moon Jae-in disse que essas novas infecções mostram que "mesmo durante a fase de estabilização, situações semelhantes podem surgir novamente a qualquer momento".

Na Alemanha, outro estado considerado exemplar diante da crise, está superando o limite de 50 novas infecções por 100.000 habitantes em três cantões.

Nesse país, bares e restaurantes puderam abrir no sábado no estado de Mecklembur-Pomerania, às margens do Mar Báltico, embora os garçons precisassem usar máscara e os clientes tivessem que respeitar a distância social.

No Irã, o país do Oriente Médio mais afetado pelo coronavírus com mais de 6.500 mortes segundo dados oficiais, também há um relaxamento das restrições, mas o medo de um novo surto persiste.

"A fila de idiotas", murmurou Manouchehr, um comerciante de Teerã, diante da longa fila de uma agência de câmbio no distrito de Sadeghieh, a oeste da capital.

A Índia, onde a pandemia oficialmente causou mais de 60.000 casos e 2.000 mortes, também está tomando medidas para o desconfinamento e, a partir de terça-feira, sua rede ferroviária, uma das maiores do mundo, começará a operar "gradualmente" novamente, segundo a Indian Railways.

Na segunda-feira, na Espanha, um dos países mais atingidos pela pandemia com mais de 26.600 mortes, metade dos 47 milhões de habitantes entra na fase 1 do período de desconfinamento, que vai permitir a reunião de até dez pessoas em terraços com capacidade limitada.

As áreas mais afetadas, como Madri e Barcelona, terão que esperar que a situação do serviços de saúde melhore.

"A primeira coisa que vou fazer e o que mais sinto falta é organizar um jantar em casa com meus amigos, mesmo que sejamos poucos e tenhamos que manter distância", disse à AFP Olegario Yáñez, funcionário de um banco privado, que vive em Linares (sul).

Na França, onde há mais de 26.000 mortes, o desconfinamento também será por região. Nas últimas 24 horas, o país registrou o menor número diário de óbitos (70) desde o início do confinamento, em 17 de março. Está prevista a reabertura parcial das escolas, uma medida que suscita preocupações nas famílias.

- As empresas "sabem" -

No Reino Unido, o primeiro-ministro Boris Johnson apresentará neste domingo medidas progressivas no país, que com mais de 31.500 mortes é o mais atingido na Europa e o segundo no mundo depois dos Estados Unidos.

Entre as determinações consideradas, está o isolamento de 14 dias para as pessoas que entram no país, exceto as da Irlanda.

Nos Estados Unidos, que estão perto de 80.000 mortos, Larry Kudlow, consultor econômico do presidente Donald Trump, defendeu a reativação da economia.

"Por que não confiar nas empresas?", Disse Kudlow à ABC. "Eles sabem que as pessoas devem ser protegidas" e, "por outro lado, é necessário reativar o mais rápido possível para enfrentar o problema econômico, a recessão devido à pandemia".

Os números também são galopantes na Rússia, que neste domingo superou os 200.000 casos, com um alto número diário de infecções que podem levá-lo na próxima semana a ser o país europeu com mais infecções.

No total, mais de quatro milhões de pessoas em todo o mundo estão infectadas com a COVID-19, de acordo com uma contagem da AFP baseada em fontes oficiais.

- "Ocultando informações" -

Até agora, na América Latina, a COVID-19 já tirou quase 20.000 vidas na América Latina e no Caribe, e cerca de 360.000 casos foram relatados, segundo dados da AFP.

O Brasil excedeu 10.000 mortes pelo novo coronavírus, segundo dados oficiais, o que o torna o sexto país do mundo com o maior número de mortes. O Congresso brasileiro e o Supremo Tribunal Federal declararam um período oficial de luto de três dias.

Em El Salvador, 100 casos foram superados em 24 horas, o número mais alto do país em um único dia, elevando o saldo total para 889, com 17 mortes.

Na vizinha Nicarágua, onde o governo de Daniel Ortega nega a existência de contágio comunitário, um homem morreu no sábado após ser hospitalizado com sintomas semelhantes à COVID-19. Para os parentes de Roberto, "o governo está ocultando informações" porque, durante a semana em que ele foi hospitalizado, vários pacientes morreram de pneumonia e agora se suspeita que eles tinham o novo coronavírus.


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